Resumo

Os Centros de Serviços Compartilhados podem ser definidos como concentração de recursos focados em atividades de apoio, ou áreas que optam pelo compartilhamento dessas atividades, ao invés de ter atividades rotineiras e cotidianas multiplicadas na estrutura da organização (SCHULMAN et al., 2001; QUINN, COOKE e KRIS, 2000). A criação de um CSC constitui uma estratégia amplamente adotada pelas organizações.

Diante disso, tem-se como problema de pesquisa as seguintes questões: Quais motivações e riscos estão associados à implementação de um CSC? Quais as vantagens e desvantagens associados aos diferentes tipos/ modelos organizacionais de CSC?.

Apesar de Minnar e Vosselman (2013) entenderem o CSC como uma estrutura centralizada, alguns autores entendem esse novo modelo como uma estrutura híbrida, ou seja, que possui características da estrutura centralizada e descentralizada (JANSSEN e JOHA, 2006; SCHULMAN et al., 2001). Essas contradições são frequentemente encontradas na literatura e há muitos modelos diferentes de CSCs (MAGALHÃES, 2018; QUINN, COOKE e KRIS, 2000).

O objetivo deste artigo é discutir as motivações e riscos associados a um CSC, as estruturas organizacionais e modelos existentes de CSC na literatura e verificar no estudo de caso analisado o tipo escolhido, com as vantagens e desvantagens apontadas.

Entende-se que a definição do modelo e estrutura do CSC é uma decisão interna e de acordo com a cultura da organização. Todavia, ressalta-se a importância do alinhamento estratégico da organização com o tipo de CSC escolhido, e de se discutir a autonomia que o CSC pretende ter.

Sugere-se como futuras pesquisas a replicação do trabalho com novos estudos de casos ou mesmo o levantamento de dados via survey, assim como um aprofundamento da temática de modelos/ estruturas organizacionais de CSC, pois é um tema pouco discutido na literatura.