Resumo

Título do Artigo

MODELO DE GOVERNANÇA INTERFEDERATIVA BRASILEIRO: UMA ANÁLISE DE QUATRO REGIÕES METROPOLITANAS A PARTIR DA TEORIA DE GOVERNANÇA E ECONOMIA DE PROXIMIDADES
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Palavras Chave

governança territorial
economia de proximidade
governança metropolitana

Área

Administração Pública

Tema

Gestão Organizacional: Governança, Planejamento, Recursos Humanos e Capacidades

Autores

Nome
1 - Denio Igor Silva de Pontes
FACULDADE CDL - Fortaleza
2 - Hermano José Batista de Carvalho
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Administração

Reumo

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o fenômeno da metropolização no Brasil indica que aproximadamente 55% dos 205 milhões de habitantes residiam em regiões metropolitanas (IBGE, 2019). As Leis Complementares Federais nº 14/1973 e nº 20/1974 estabeleceram as primeiras RMs no Brasil. Até então, tais políticas públicas eram centralizadas na União – nos termos da Constituição de 1967. A Constituição de 1988 estadualizou a prerrogativa para o reconhecimento e institucionalização das regiões metropolitanas.
Com a Constituição de 1988 ficou evidente a falta de coordenação e cooperação entre a União e os entes federados (BERCOVICI, 2003, p. 182). Visando a promoção da governança metropolitana no Brasil, o governo federal instituiu o Estatuto da Metrópole. Isto possibilitou a estadualização da prerrogativa para o reconhecimento e institucionalização das regiões metropolitanas. Nesse sentido, consubstancia-se como interesse dessa pesquisa a dimensão gestionária das regiões metropolitanas, ou seja, conhecer e analisar os modelos de governança interfederativo no Brasil.
Diante da heterogeneidade de elementos presentes em um território a governança territorial surge como uma ferramenta para consolidar projetos e ativar processos. No mesmo sentindo, a Escola de Proximidade se basea na idéia de que o território não é neutro as atividades econômicas e que não é dado com antecedência. A teoria advoga que a governança é fundamental para o desenvolvimento de uma linguagem comum entre os atores, considerando-a como a base para a criação das “proximidades não-geográficas”. A governança interfederativa brasileira é formalizada através de um PDUI.
Analisamos os instrumentos de governança interfederativa de quatro regiões metropolitanas: RMF, RMC, RMBH e RMGV. Os instrumentos de governança da RMF e da RMC encontram-se em estágios embrionário, não possuindo PDUI. Consideramos que a governança territorial em uma RM é de fato estabelecida com os esforços empreendidos na produção e na aprovação da minuta de lei que institui o PDUI, como é o caso de RMGV. Entretanto, vale destacar o caso da RMBH. Apesar de não ter a minuta de lei aprovada, seus instrumentos de governança encontram-se ativos e operantes.
A governança territorial é uma ferramenta capaz de configurar e reconfigurar RMs, através de compromissos, acordos e convenções. Posto isso, e com base na literatura, é possível inferir que, quanto mais democraticá e plural forem as estruturas de governança territorial, ou seja, envolvendo os atores implicados, mais provável será a possibilidade de êxito da região metropolitana. Consequetemente, espera-se que as articulações desencadeadas à partir de estruturas de gorvernança sejam capazes de transformar efetivamente projetos em políticas integradas de desenvolvimento.
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