Resumo

Título do Artigo

O PAPEL DA CULTURA NO DISCLOSURE VOLUNTÁRIO DE INFORMAÇÕES SOCIOAMBIENTAS EM ORGANIZAÇÕES FINANCEIRAS PELO MUNDO
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Palavras Chave

Hofstede
Disclousure voluntário
Empresas Financeiras

Área

Finanças

Tema

Contabilidade

Autores

Nome
1 - João Paulo Resende de Lima
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - PPGCC
2 - Alyne Cecilia Serpa Ganz
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Centro Politécnico - PPGMNE
3 - Juçara Haveroth
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Campus 1
4 - Marcelo Botelho da Costa Moraes
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - FEA-RP

Reumo

Considerando um ambiente de negócios cada vez mais globalizado, é imprescindível que se considere aspectos da cultura regional para garantir a assertividade e a precisão dos negócios, visto que, as empresas são influenciadas diretamente e indiretamente pelo contexto em que se inserem. Ainda, outro fator relevante que afeta diretamente e indiretamente as operações das empresas, considerado nas negociações contemporâneas, são as cobranças advindas por diversos stakeholders para que as empresas adotem práticas mais responsáveis acerca do uso de recursos socioambientais.
Apesar de apresentar baixo impacto socioambiental direto, o setor financeiro possui grande influência econômica e financeira nos demais setores da sociedade (Macini, 2016), além de fazer parte da cadeia de produção de todos os setores produtivos da sociedade. Diante disso, esta pesquisa teve por objetivo analisar o papel da cultura no disclosure voluntário de informações sociais e ambientais em organizações financeiras pelo mundo.
O presente trabalha adota como base teórica a Teoria do Disclosure Voluntário (Verrechia, 2001; Dye, 2001), assim como trabalhos que exploram seus determinantes no ambiente brasileiro. Adicionalmente o trabalho utiliza as seis dimensões teóricas - distância ao poder, individualismo versus coletivismo, Masculinidade versus feminilidade, Aversão a incerteza, Orientação a longo prazo versus a curto prazo e indulgência – propostas por Hofstede pra discutir o papel da cultura na adoção e divulgação de práticas de responsabilidade socioambiental.
A pesquisa caracteriza-se como descritiva, documental e quantitativa. A população de pesquisa são todas as empresas do setor financeiro, a amostra final compreendeu 6.273 empresas de 48 países diferentes, no período entre 2010 e 2018. Para análise dos dados adotou-se a regressão linear múltipla, e 4 modelos foram desenvolvidos com quatro variáveis dependentes sendo essas o score ESG, o score Environment, o score Social e, por fim, o score Governance.
Os resultados da pesquisa apontam que as dimensões de distância ao poder, individualismo, masculinidade e orientação de longo prazo, bem como as variáveis de controle: tamanho e desempenho, influenciam o nível de divulgação de sustentabilidade, divulgação social e de governança corporativa dos países de todo o mundo.
Como conclusão tem-se que as empresas que apresentam o maior desempenho e maior tamanho são as mais geram disclosure voluntário. Ainda em relação as dimensões culturais, tem-se que quanto mais distante do poder, mais individual, com orientação para o longo prazo e quanto menos masculina, maior será a preocupação com a divulgação voluntária dos aspectos sociais e sustentáveis.
Calixto, L. (2008). Responsabilidade Socioambiental: Pública ou Privada?. Contabilidade Vista & Revista, 19(3), 123-147. Dye, R. (2001). An evaluation of “essays on disclosure” and the disclosure literature in accounting. Journal of Accounting and Economics, 32(1-3), 181–235. Verrecchia, R. E. (2001). Essays on disclosure. Journal of Accounting and Economics, 32(1-3), 97–180. Macve, R. & Chen, X. (2010). The “equator principles”: a success for voluntary codes? Accounting, Auditing & Accountability Journal, 23(7), 890–919.