Resumo

Título do Artigo

Startups reais: lacunas entre teoria e prática em negócios inovadores brasileiros
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Palavras Chave

Customer Development
Lean Startup
Empreendedorismo brasileiro

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - Giovani Espindola Ribeiro
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade - Mestrado Profissional em Empreendedorismo
2 - Fábio Sabetta Morales
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Departamento de Administração - Coordenação do Mestrado Profissional em Empreendedorismo
3 - Rodrigo Franco Esteves
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - São Paulo
4 - Fabio Zoppi Barrionuevo
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Mestrado Profissional em Empreendedorismo
5 - Luciane Meneguin ortega
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - USP Leste

Reumo

Largamente utilizados por startups em todo mundo, os conceitos customer development (CD), de Steve Blank (2012), e Lean Startup (LS), de Eric Ries (2012). Usadas em conjunto, podem ser entendidas como Lean Startup Approaches (LSA) segundo Silva, Ghezzi, Aguiar, Cortimiglia & ten Caten (2018). Este artigo, ainda em desenvolvimento, visa explorar as lacunas na aplicação das LSA por startups brasileiras. Este estudo exploratório identifica lacunas na aplicação do método e amplia a perspectiva com coleta de dados primários de empreendedores.
Tendo atuado tanto em programas de mentoria quanto na concepção e desenvolvimento de negócios inovadores nos últimos anos, os autores do presente estudo observam as dificuldades das startups no país quanto à aplicação do método nas atuais condições do ambiente do empreendedorismo inovador brasileiro. Para guiar este entendimento, define-se portanto a questão principal deste estudo como: Quais as principais lacunas de aplicação dos métodos Customer Development e Lean Startup pelas startups brasileiras?
O tema é emergente, e os estudos brasileiros ainda são raros. Os trabalhos atuais têm se concentrado em avaliar as duas primeiras etapas do CD e não as últimas duas, dirigidas à execução e crescimento das startups. No levantamento bibliográfico realizado, o primeiro estudo teórico-empírico que se refere à aplicação do CD data de 2014, elaborado por Nigri e Monteiro (2014). Além deste, outros quatro posteriores colaboram como referências: Farias (2017); Heinzen e Mazute (2017); Martini, Janissek-Muniz, Melati e Brauner (2017); e, Couto, Maida, Torres Júnior e Oliva (2018).
O método de pesquisa pode ser dividido em três partes principais: (1) revisão teórica a fim de explorar trabalhos que tragam casos brasileiros e identificar padrões que apresentem lacunas na aplicação das LSA – e, com esses padrões, consolidar construtos que possam ser usados; (2) coleta de dados primários com base nos construtos e, (3) análise qualitativa de dados exploratórios obtidos com respostas de empreendedores de startups brasileiras. Foi realizado um teste-piloto com dois respondentes que já repercutiu em ajustes na pesquisa sendo aplicados para uma base inicial de 120 empreendedores.
A análise dos resultados será feita de forma qualitativa comparativa a fim de explorar as lacunas identificadas na literatura, a saber, (i) falha em seguir o processo; (ii) falha em ser honestos consigo mesmos; (iii) falha em se aproximar do mercado; (iv) falha no repertório e no aprendizado e (iv) falha na coleta objetiva de dados, e a possível descoberta de novas lacunas na aplicação dos métodos de criação de startups no Brasil.
As LSA são essencialmente frameworks norte-americanos usados por empreendedores no mundo todo. Até o momento, a revisão teórica permitiu corroborar entre autores alguns padrões de lacunas na aplicação dos métodos LSA de forma geral, inclusive em casos brasileiros. Esses obstáculos condizem com o propósito exploratório do estudo e já podem ser considerados um distanciamento entre teoria e prática no tema. A pesquisa empírica fundamentada nessas descobertas vai proporcionar uma visão aprimorada do aspecto regional brasileiro.
Arruda, C., Nogueira, V., Cozzi, A., & Costa, V. (2015); Bitencourt, A. A. B. de, Danilevicz, Â. de M. F., & Cunha, V. A. F. da. (2019); Blank, S. (2006). Blank, S., & Dorf, B. (2012); Couto, M. H. G., Maida, M. vinícius H., Torres Junior, A. S., & Oliva, F. L. (2018); Farias, F. do C. (2017); Heizen, M. S., & Mazute, J. (2017); Martini, C. C., Janissek-Muniz, R., Melati, C., & Brauner, D. F. (2017); Mayring, P. (2000); Nigri, M. R., & Monteiro, P. V. da C. (2017); Nogueira, Vanessa Silva; Oliveira, Carlos Alberto Arruda de. (2015); Ribeiro, G., & Sarfati, G. (2019); Ries, E. (2012).