Resumo

Título do Artigo

CAPACIDADE DE APRENDIZAGEM, INOVAÇÃO, ORIENTAÇÃO EMPREENDEDORA E DESEMPENHO NA INDÚSTRIA TÊXTIL CATARINENSE
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Palavras Chave

Capacidade de aprendizagem organizacional.
Capacidade de inovação organizacional.
Orientação empreendedora.

Área

Gestão da Inovação

Tema

Dimensões Criativas, Comportamentais e Culturais da Inovação

Autores

Nome
1 - LINDA JESSICA DE MONTREUIL CARMONA
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Programa de Pós-graduação em Administração (PPGAd/FURB)
2 - Giancarlo Gomes
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd e Pós-Graduação em Ciências Contábeis - PPGCC

Reumo

A importância do setor têxtil para a economia, empregabilidade e qualidade de vida da população do estado de Santa Catarina faz com que se torne fundamental o desenvolvimento de estratégias baseadas na inovação para a manutenção do mercado interno e para a inserção no mercado mundial. O estado de SC domicilia 15,4% dos produtores têxteis brasileiros e tem uma participação no segmento têxtil de 27% do total nacional, liderando o ranking das exportações brasileiras de vestuário, com os maiores destaques em malharia e beneficiamento, nos quais participa com 36,8%.
Em contraste com o crescimento do consumo mundial de têxteis, o Brasil vem perdendo competitividade e participação do mercado internacional pelo crescimento exponencial dos têxteis asiáticos, que vêm se posicionando com estratégias genéricas de baixo custo, diferenciação e nicho, buscando segmentos mais lucrativos, direcionando-se para customização. Este estudo teve como objetivo avaliar a influência da capacidade de aprendizagem organizacional, da capacidade de inovação organizacional e da orientação empreendedora na geração de desempenho organizacional de empresas têxteis catarinenses.
A capacidade de aprendizagem organizacional integra um conjunto de capacidades tangíveis e intangíveis que facilitam a consecução de novas vantagens competitivas mediante a aprendizagem, fornecendo potencial para inovação (Alegre & Chiva, 2013). A capacidade de inovação organizacional pode ser definida como a habilidade de uma organização de adotar ou implementar com sucesso, novas ideias, processos ou produtos (Hurley & Hult, 1998). A orientação empreendedora define-se como a atitude gerencial orientada a processos estratégicos, com base em decisões empreendedoras (Alegre & Chiva, 2008).
Trata-se de um estudo quantitativo-descritivo, de corte transversal e de método survey. A amostra desta pesquisa inclui 322 respondentes, gestores e/ou proprietários de organizações têxteis localizadas nas seis mesorregiões de SC. O questionário utilizado foi composto por 44 questões, mais as perguntas de perfil da empresa e entrevistado, sendo que as assertivas deveriam ser respondidas por meio de escala do tipo Likert. Os dados foram analisados por meio análise fatorial confirmatória com uso de modelagem de equações estruturais por covariâncias.
Os resultados brindaram suporte para as três hipóteses enunciadas neste estudo, confirmando-se a relação positiva e significativa dos antecedentes da inovação analisados: capacidade de aprendizagem organizacional, capacidade de inovação organizacional e orientação empreendedora na geração de desempenho organizacional na indústria têxtil catarinense.
A integração das três capacidades analisadas neste estudo, pode ser observada no processo de inovação, no qual é necessário ter uma visão clara e uma mentalidade empreendedora para questionar os paradigmas vigentes e tomar decisões proativas e competitivamente agressivas (Orientação Empreendedora); a habilidade para adotar novas tecnologias, que implica a aceitação da incerteza de uma performance em longo prazo e dos riscos associados (Capacidade de Inovação Organizacional); e a aprendizagem (Capacidade de Aprendizagem Organizacional), que alimenta o processo de criação de novas capacidades.
Alegre, J., & Chiva, R. (2013). Linking entrepreneurial orientation and firm performance: The role of organizational learning capability and innovation performance. J. of Small Business Management, 51(4). Boly, V., Morel, L., N’Doli, G., & Camargo, M. (2014). Evaluating innovative processes in french firms: Methodological proposition for firm innovation capacity evaluation. Research Policy, 43(3). Lumpkin, G., & Dess, G. (2001). Linking two dimensions of entrepreneurial orientation to firm performance: The moderating role of environment and industry life cycle.J. of Business Venturing, 16(5).