Resumo

Devido aos impactos ambientais da produção suinícola, têm-se demandado o desenvolvimento de sistemas de produção sustentáveis. Com a finalidade de atingir a sustentabilidade, pode-se evidenciar as externalidades consideradas positivas ou negativas, podendo elas ser derivadas de análises de uma estrutura produtiva ou de relações de consumo de um indivíduo (BAIARDI; MENEGATTI, 2011).

Diante desse contexto, emerge a seguinte questão-problema: Quais as práticas de sustentabilidade da produção suinícola e as principais externalidades da atividade? Com o objetivo de analisar as práticas de sustentabilidade da produção suinícola, a partir da evidenciação das externalidades positivas e negativas da atividade.

Em análise a todos os impactos causados pela atividade suinícola, emerge a preocupação em relação á práticas que tornem a atividade suinícola sustentável, sendo a mesma analisada por meio de indicadores que compreendam as dimensões ambientais, sociais e econômicas. De acordo com Marzall e Almeida (2000) a análise da sustentabilidade por indicadores em sua grande maioria apresenta preocupações em escalas maiores, aquelas atendidas pelas políticas públicas ou, então, em estudos extremamente específicos, detendo-se em apenas um aspecto do sistema.

A análise permitiu identificar externalidades negativas nos indicadores de ar/efeito estufa e energia. Na dimensão social a qualidade de vida na comunidade e os indicadores externos possuem fragilidades, já na dimensão econômico-financeira o retorno do investimento se destaca como externalidade positiva nas duas propriedades rurais analisadas. Os resultados evidenciaram que a propriedade rural “A” obteve um status quo de 79 pontos, enquanto a propriedade rural “B” obteve status quo de 55 pontos.

Ainda, pode-se comparar como o conjunto de indicadores evidencia o processo de geração de melhorias contínuas na gestão das propriedades, a avaliação atual da propriedade permite identificar fatores que estão em acordo, como também as melhorias no processo, tendo como finalidade a redução de impactos e externalidades negativas da produção suinícola, possibilitando avaliar cada propriedade individualmente. De forma geral, destaca-se a relevância da utilização de indicadores de sustentabilidade, possibilitando a avaliação do tripé, ambiental, social e econômico.

BAIARDI, D.; MENEGATTI, M. Pigouvian tax, abatement policies and uncertainty on the environment. Journal of Economics, Springer- Verlag v.103, n.3, p. 221-251, março, 2011. KRUGER, S. D.; PETRI, S. M. Avaliação da sustentabilidade da produção suinícola sob o enfoque das externalidades. Revista Universo Contábil, Blumenau v. 14, n. 2, p. 137-161, abr/ jun. 2018. MARZALL, K., ALMEIDA, J. Indicadores de sustentabilidade para agroecossistemas: Estado da arte, limites e potencialidades de uma nova ferramenta para avaliar o desenvolvimento sustentável. Cadernos de Ciência & Tecnologia