Resumo

Título do Artigo

FATORES INSTITUCIONAIS QUE PROPORCIONAM MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA DOS EXPATRIADOS NOS PAÍSES HOSPEDEIROS
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Palavras Chave

Fatores institucionais
Expatriação
Condições de vida nos países hospedeiros

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Internacional e Globalização

Autores

Nome
1 - Mariana Rangel Moraes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Feaac
2 - Márcia Zabdiele Moreira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC

Reumo

Dispor de um contingente capaz e preparado para lidar com os vários aspectos de uma internacionalização é imprescindível ao sucesso de uma organização em uma empreitada desse porte, como afirmam Carpes et al. (2012). Em 2013 havia cerca de 52,8 milhões de expatriados no mundo e 66,2 milhões em 2017, representando uma taxa de crescimento de 5,8% no período. Estima-se que em 2021 alcance 87,5 milhões (FINACCORD, 2020). Os fatores institucionais podem ser tanto formais como informais e interferem diretamente na forma como os negócios são realizados em determinado local (Peng et al., 2009).
O estudo buscou responder o problema de pesquisa: como os fatores institucionais dos países hospedeiros das subsidiárias estrangeiras influenciam as condições de vida dos expatriados? O principal objetivo foi analisar os fatores institucionais que proporcionam melhores condições de vida aos expatriados nos países hospedeiros. Definiram-se como objetivos específicos: (a) verificar os fatores institucionais relacionados aos aspectos econômico, experiência e família nos países hospedeiros na perspectiva dos expatriados; (b) agrupar os países, a partir de suas diferenças e semelhanças.
Peng et al. (2009) sugerem que o recorrente erro das empresas de não se atentarem à importância do ambiente em que se inserem para os negócios que realizam seja solucionada por meio de um tripé que adiciona a visão institucional às tradicionais visões já trabalhadas pela empresa, que são a visão baseada na indústria e a visão baseada em recursos e capacidades. Os expatriados são colaboradores enviados ao exterior, para viver e trabalhar, pelas organizações em que atuam no país de origem, pelo período de um ano ou mais anos com o intuito de desenvolver competências globais (Caligiuri, 1997).
Utilizou-se de uma abordagem quantitativa de pesquisa, mediante dados secundários extraídos de dois documentos principais: o relatório prospectus Global Expatriates: Size, Segmentation and Forecast for the Worldwide Market e o HSBC Expat Explorer Broadening perspectives. Analisou-se um universo de 46 países, para o ano de 2017, que fazem parte da pesquisa realizada pelo Hong Kong and Shanghai Banking Corporation (HSBC). Para tratamento dos dados utilizou-se análise de clusters pelo método hierárquico do vizinho mais distante e, posteriormente, foi realizada análise discriminante.
O planejamento de aglomeração explicitou a existência de três clusters. No primeiro cluster houve tendência econômica menos expressiva em detrimento de um maior destaque aos aspectos relacionados à qualidade de vida pessoal e familiar e às relações interpessoais. No segundo cluster houve tendência entre os expatriados deste grupo a valorizarem a questão da economia interna e as oportunidades que a estabilidade política do país pode oferecer, como, a possibilidade de empreender. O cluster 3 é mais voltado para as possibilidades de crescimento individual.
Em relação à perspectiva dos expatriados quanto aos fatores institucionais que proporcionam melhores condições de vida nos países hospedeiros, observou-se que, embora dois grupos tenham enfatizado mais aspectos específicos, houve um grupo que obteve altos escores em diferentes aspectos e esse grupo foi identificado como o que proporciona a experiência completa aos expatriados, isto é, as melhores condições de vida. Mesmo nos grupos com tendências mais definidas, não se observam diferenças expressivas entre as médias.
Caligiuri, P. M., Hyland, M-A., & Joshi, A. (1998). Testing a theoretical framework for examining the relationship between family adjustment to working in the host country. Journal of Applied Psychology, New Jersey, 83, (4), 598-614. González, J. M. R.; Oliveira, J. A. (2011). Os efeitos da expatriação sobre a identidade: estudo de caso. Caderno EBAPE.BR, Rio de Janeiro, 9 (4), 1122-1135.