Resumo

Título do Artigo

Reconhecendo as relações de raça no contexto organizacional: Um modelo conceitual de maturidade em gestão da diversidade
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Palavras Chave

Gestão da Diversidade
Modelo de maturidade
Relações raciais

Área

Gestão da Inovação

Tema

Dimensões Criativas, Comportamentais e Culturais da Inovação

Autores

Nome
1 - Cintia Cristina Silva de Araujo
Faculdade FIPECAFI (FIPECAFI) - Administração
2 - Erivaldo da Silva Carneiro Junior
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Asa Norte

Reumo

A falta de estudos brasileiros sobre relações de raça na Administração deve-se ao fato de que o tema é abordado em nossa sociedade com latente reserva, e tal distanciamento observa-se também no meio acadêmico. Desta forma, ao analisar o tema da diversidade, pesquisadores brasileiros utilizam-se muito mais de conceitos e modelos baseados na realidade norte americana.
A partir do conhecimento da importância da gestão da diversidade na realidade das organizações no século XXI e impelidos pela escassez de estudos sobre impactos das relações raciais no contexto das empresas brasileiras, temos por objetivo propor um modelo conceitual de maturidade em gestão da diversidade elaborado a partir de análise da literatura.
Há poucos estudos em administração que consideram as relações raciais em suas análises, apesar das relações raciais serem um elemento nuclear da individualidade, das relações sociais e das instituições. Historicamente, o interesse por parte das empresas brasileiras sobre as questões de diversidade cultural e étnicas surgiu nos anos 90. Apesar dos conhecidos desafios, a gestão da diversidade pode gerar resultados positivos para as empresas como maior integração das equipes, maior comprometimento organizacional, inclusão e ascensão profissional de indivíduos de grupos minoritários.
Para construção do modelo conceitual de maturidade em gestão de diversidade (2MGD), consideramos as três abordagens de ações afirmativas e políticas de diversidade analisadas por Kalev et al. (2006). Na sequência, combinamos, os componentes fundamentais para gestão de diversidade (Cox & Blake, 1991) às práticas de diversidade encontradas em empresas brasileiras. Por fim, incorporamos as 4 perspectivas de diversidade (Moore, 1999), considerando-as como níveis de maturidade, conforme formato de modelo multi-estágio P-CMM (Curtis et al., 2009).
O artigo apresenta um modelo conceitual de maturidade em gestão da diversidade (2MGD). Para a maior aplicabilidade do modelo é necessário validá-lo através de pesquisa empírica com coleta e análise de insights de executivos de áreas estratégicas da empresa como também de executivos e gerentes de RH que sejam envolvidos ou sensíveis a adoção de diversidade. Esta é uma pesquisa em andamento que contribui à teoria ao analisar estudos relevantes em gestão da diversidade, como também para a prática da gestão de pessoas ao propor ideias e conceitos que podem ser aplicados nas organizações.
Cox, T. H., & Blake, S. (1991). Managing cultural diversity. Executive, 5(3), 45–56. Curtis, B., Hefley, B., & Miller, S. (2009). People capability maturity model (P-CMM). Software Engineering Institute, (July), 9–13. Kalev, A., Dobbin, F., & Kelly, E. (2006). Best practices or best Guesses? Affirmative action and diversity policies. American Sociological Review, 71, 589–617. Moore, S. (1999). Understanding and managing diversity among groups at work: Key issues for organisational training and development. Journal of European Industrial Training, 23(4–5), 208–218.