Resumo

Título do Artigo

NÍVEL DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA DOS ESTUDANTES DOS CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS AO ENSINO MÉDIO DE UM INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS
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Palavras Chave

educação financeira
ensino médio integrado
instituto federal

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Planejamento de Ensino (cursos, programas, disciplinas, aulas e avaliação)

Autores

Nome
1 - Thayse Machado Guimarães
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO (IFTM) - Campus Patrocínio
2 - Thayla Machado Guimarães Iglesias
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS (FAGEN)

Reumo

A educação financeira é essencial para apoiar o desenvolvimento financeiro dos indivíduos, possibilitando maior proteção e melhoria de decisões relacionadas ao dinheiro (PISA, 2015), especialmente em tempos de crise financeira (MAVLUTOVA; SARNOVICS; ARMBRUSTER, 2015). No Brasil, não há uma educação efetiva entre os indivíduos, sobretudo estudantes do ensino médio (SILVA; LEAL; ARAÚJO, 2018), o que pode resultar em problema sociais pela falta de capacidade de gestão dos orçamentos familiares. Então são necessárias ações que almejem a minimização do analfabetismo financeiro (SILVA et al., 2017)
O objetivo geral deste estudo é mensurar o nível do conhecimento financeiro dos estudantes do ensino médio dos Cursos Integrados de um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro, bem como verificar a associação do índice de educação financeira com as características demográficas, socioeconômicas e acadêmicas.
O conhecimento financeiro é importante em tempos, em que os produtos financeiros estão cada vez mais disponíveis para a população (S&P, 2014). A educação financeira possibilita que os indivíduos melhorem seu conhecimento sobre os produtos financeiros e conceitos como risco, de modo que possam ter mais habilidade e confiança na tomada de decisões, relacionadas ao dinheiro, visando melhoria da qualidade de vida e do bem-estar (OCDE, 2013). Já a alfabetização financeira é um conceito mais amplo, que envolve a dimensão do conhecimento e a aplicação na gestão das finanças pessoais (HUSTON, 2010).
Este estudo abrangeu os cursos técnicos em Administração, Eletrônica e Manutenção e Suporte em Informática, integrados ao ensino médio de um Instituto Federal de Minas Gerais. Foram contemplados 270 alunos das nove turmas. O questionário envolveu questões sobre atitudes, comportamentos e conhecimentos financeiros e as respostas foram analisadas por meio da estatística descritiva, sendo testadas as seis hipóteses do estudo, mediante aplicação de testes não paramétricos de diferenças de medianas, isto é, Mann Whitney e Kruskal Wallis.
Notou-se que os homens tendem a possuir maior conhecimento sobre assuntos financeiros, assim como os alunos de séries mais elevadas e que estejam nos cursos relacionados à área de gestão, que neste caso foi o curso de administração. Sobre a renda, observou-se que os alunos, cujas famílias possuíam renda superior a quatro salários mínimos, também tiveram desempenho superior aos estudantes cujas famílias possuem renda de até quatro salários mínimos. Referente às variáveis idade e escolaridade dos pais, as diferenças não foram estatisticamente significantes.
Ressalta-se, portanto, a importância de não só realizar a inclusão desta temática nas unidades curriculares dos alunos, mas também de articular a integração deste assunto com os demais temas abordados na formação destes jovens. Soma-se a isso a necessidade de possibilitar formação adequada para o corpo docente a respeito dos assuntos financeiros.
HUSTON, S. J. Measuring financial literacy. The Journal of Consumer Affairs. v.44, n. 2, p. 296-316, 2010. POTRICH, A. C. G.; VIEIRA, K. M.; KIRCH, G. Determinantes da Alfabetização Financeira: Análise da Influência de Variáveis Socioeconômicas e Demográficas. Revista de Contabilidade e Finanças. v.26, n. 69, p. 362-377, set./out./nov./dez, 2015. SILVA, M. A.; LEAL, E. A.; ARAÚJO, T. S. Habilidades matemáticas e conhecimento financeiro no ensino médio. Revista de Contabilidade e Organizações. v.12, p. 1-17, 2018.