Resumo

Título do Artigo

A INFLUÊNCIA DA PANDEMIA DO COVID19 NA PRÁTICA DOS PROFISSIONAIS DE COACHING: UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE MOMENTO ATUAL E EXPECTATIVAS DE TRABALHO NO PÓS-PANDEMIA
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Palavras Chave

Coaching
Liderança
Covid-19

Área

Gestão de Pessoas

Tema

A Gestão de Pessoas diante da COVID-19

Autores

Nome
1 - Patricia Martins Fagundes Cabral
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - PPG Gestão e Negócios
2 - José Carlos da Silva Freitas Junior
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - Escola de Gestão e Negócios
3 - Luciane Wolff
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - UAGRAD

Reumo

O crescimento do coaching no mercado, e a literatura discutindo seu emprego e efeitos em processos de desenvolvimento de liderança, apontam que esta estratégia é cada vez mais expressiva nas organizações. Contudo, ainda há poucos estudos empíricos relevantes sobre a prática do coaching no Brasil (Batista & Cançado, 2017), sobretudo no momento em que o contexto social e laboral é amplamente abalado pela pandemia de COVID19. Considerando esta realidade ou “novo normal”, que traz indiscutíveis impactos econômicos, sociais e profissionais (Beland et al, 2020) justifica-se a presente pesquisa.
Frente o contexto de isolamento social, decorrente da pandemia, compreende-se que a prática profissional do coaching, que é uma prestação de serviço, foi naturalmente impactada. Parte-se, portanto, das seguintes problematizações: Qual a influência desta pandemia na prática dos profissionais de coaching no Brasil? E como estes profissionais percebem as perspectivas de sua atuação profissional, após a pandemia? Objetivo da pesquisa é analisar a influência da pandemia de COVID19 na prática profissional de coaching, identificando expectativas sobre tal prática em um cenário pós-pandemia.
Nas organizações, o coaching tende a estar relacionados com o aumento da motivação e do desempenho, sendo uma estratégia para o desenvolvimento de lideranças (Goldsmith, Lyons e McArthur, 2012. Echeverría, 2015). Em contextos de crise como o atual, o coaching auxilia líderes a aprimorem as habilidades sociais e de autoconsciência, reconstruindo relacionamentos positivos com sua equipe, já que as pessoas podem estar significativamente abaladas pelo isolamento social, vivenciando sentimentos como medo, frustração, estresse, entre outros (Boyatzis et al, 2013; Gregg, 2020).
Esta é uma pesquisa de campo, com abordagem qualitativa e quantitativa, do tipo exploratória e descritiva. Na etapa 1 foram realizadas 07 entrevistas semiestruturadas, e na etapa 2, foi aplicado um questionário quanti-quali, tendo como respondentes 140 coaches com atuação profissional no Brasil. Os dados quanti foram tratados estatisticamente, com uso do SPSS, e os quali, por meio de Análise de Conteúdo. Em relação às condições éticas do estudo, atende-se à Resolução 510/2016, e tendo aprovação no Comitê de Ética (CAAE 19969419.1.0000.5344).
A discussão integrada dos resultados aponta que os coaches que realizaram atendimento remoto antes ou durante a pandemia, ainda que refiram uma redução de ganhos financeiros, possuem uma visão mais otimista para com o uso trabalho remoto, a partir de agora. Há a compreensão, de que os processos de coaching no período de pandemia e pós-pandemia auxiliam líderes e demais trabalhadores em seus questionamentos, medos e ansiedades, frente aos desafios da realidade imposta, e neste sentido, as perspectivas de trabalho para coaches, são otimistas.
Para aproveitar as oportunidades de trabalho percebidas, é necessário que o coach se aproprie das tecnologias que envolvem o trabalho remoto, se qualifique, atente à sua própria saúde emocional, e adapte as questões técnicas, de confidencialidade e éticas inerentes ao ambiente de conexão e cuidado que a relação de coaching exige, preservando a seriedade da prática profissional. Estima-se que a atuação de coaches, na perspectiva do “coaching with compassion” (Boyatzis et al, 2013), pode contribuir para o desenvolvimento de líderes, sobretudo nesse período de pandemia e pós-pandemia.
Batista, K. & Cançado, V. L. (2017). Competências Requeridas para a Atuação em Coaching: a Percepção de Profissionais Coaches no Brasil. REGE - Revista de Gestão, 24(1), 24–34. Richard E. Boyatzis, Melvin L. Smith, Ellen Van Oosten, Lauris Woolford. Developing resonant leaders through emotional intelligence, vision and coaching. Organizational Dynamics (2013) 42, 17—24 Gregg, Anthony (2020). How can executive coaching help you after COVID-19?. https://anthonygregg.com/how-can-executive-coaching-help-you-after-covid-19/ Echeverría, R. (2015). Ética y Coaching Ontológico. S. Chile:JC Saéz