Resumo

Título do Artigo

HEDGE ACCOUNTING (IFRS 7): EFEITOS DA CRISE ECONÔMICA BRASILEIRA DE 2014-2017 NO NÍVEL DE EVIDENCIAÇÃO DE EMPRESAS ABERTAS BRASILEIRAS
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Palavras Chave

hedge accounting
nível de evidenciação
crise econômica de 2014-2017

Área

Finanças

Tema

Contabilidade

Autores

Nome
1 - Francisco José Turra
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - São Paulo
2 - Cecília Moraes Santostaso Geron
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - CCSA

Reumo

Recentemente, entre 2014 e 2017, o Brasil enfrentou, até então, a sua pior crise econômica de todos os tempos. Atrelado à crise, ocorreu acentuada desvalorização cambial de 49% entre 2014 e 2015 (FERRARI FILHO, 2017), podendo assim ter impactado o uso pelas empresas de operações de hedge e, por conseguinte, ter ainda impactado no período subsequente, portanto, em 2016, tanto o próprio uso da contabilidade voluntária do hedge accounting, como o nível de evidenciação (qualidade informacional) do hedge accounting por parte das empresas brasileiras.
Este estudo procura responder ao seguinte problema de pesquisa: Quais são os efeitos no uso e no nível de evidenciação do hedge accounting por parte de empresas abertas brasileiras em período da crise econômica de 2014 a 2017? O objetivo dessa pesquisa consiste em investigar os efeitos no uso da contabilidade voluntária do hedge accounting e no nível de evidenciação do hedge accounting das empresas abertas brasileiras diante da então maior crise econômica brasileira ocorrida recentemente (2014-2017).
A qualidade da informação contábil ou conteúdo informacional tem por base o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) ou PCB, que contém a estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis para todas as normas contábeis. Na literatura pode-se encontrar muitos estudos com o propósito de observar qualidade da contabilidade. Os autores Francis, Olsson e Schipper (2008), por exemplo, apresentam uma revisão de estudos relacionados à qualidade dos resultados ou earnings quality – EQ, incluindo definições e mensurações de métricas para EQ.
O presente estudo é descritivo-quantitativo. Os dados necessários para a avaliação do nível de evidenciação sobre hedge accounting das empresas abertas e de algumas características específicas foram coletados manualmente das Notas Explicativas das DFP das empresas abertas, arquivadas e disponíveis no site da CVM, www.cvm.gov.br. Utilizou-se do Software Minitab versão 17, através da ferramenta estatística “Teste de Hipótese”, para comparar as médias e o desvio padrão e avaliar a existência de eventuais diferenças do nível de evidenciação obrigatório entre o NEE de 2014 e o NEE de 2016.
Os resultados apontaram que estatisticamente não existe uma diferença significativa do índice NEE entre os anos 2014 com 2016, indicando assim que o nível de evidenciação contábil obrigatório pelo CPC 40 das empresas abertas brasileiras não sofreu alteração significativa, apesar da desvalorização acentuada do real entre 2014 e 2015.
É de se concluir que, apesar do senso comum indicar que a acentuada desvalorização cambial produziria um efeito positivo no sentido de aumentar o nível de evidenciação do hedge accounting, na prática isto não ocorreu nas amostras e períodos analisados nesta pesquisa. Talvez se possa afirmar que as empresas estão satisfeitas com seus esforços em relação à divulgação e o nível de evidenciação do hedge accounting, ademais, não se empenhando em atingir níveis maiores.
FERRARI FILHO, F. Os efeitos transmissores da taxa de câmbio. Disponível em: https://www.supercambio.com.br/blog/2017/10/23/os-efeitos-transmissores-da-taxa-de-cambio-por-fernando-ferrari-filho/. Acesso em: 10 jun. 2020. FRANCIS, J.; OLSSON, P.; SCHIPPER, K. Earnings Quality. Foundations and Trends in Accounting. v. 4, n. 4, p. 259-340, 2008. IUDÍCIBUS, S. Teoria da contabilidade. 7a. ed. São Paulo: Atlas, 2004.