Resumo

Título do Artigo

O Papel das Incubadoras no Desenvolvimento da Capacidade Absortiva de Empresas Incubadas
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Palavras Chave

Capacidade Absortiva
Incubadora De Empresas
Empresas de Base Tecnológica

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - MARCILIO RIBEIRO BORGES
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Santa Monica
2 - Janaína Maria Bueno
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN - Faculdade de Gestão e Negócios

Reumo

Com uma diversidade de obstáculos à abertura, implantação e sobrevivência de novos negócios, além de constante ameaça às empresas já consolidadas, surgem organizações que atuam na promoção de melhores condições competitivas e de desenvolvimento para novos projetos e empreendimentos em curso, atuando na melhoria da estrutura de produção, interação e desenvolvimento tecnológico. Um exemplo são as incubadoras que contribuem para o desenvolvimento de empresas incubadas e para o crescimento local, proporcionando geração de emprego e renda (Singh et al, 2019; Hausberg & Korreck, 2020).
O apoio oferecido pelas incubadoras de empresas de base tecnológica pode fortalecer e estimular a geração de vantagens competitivas nas empresas incubadas (Andino, 2005; Raup & Bauren, 2011; Raup, 2012) e pode se constituir em um diferencial no desenvolvimento da capacidade absortiva (Cassol et al, 2016). O objetivo desta pesquisa foi analisar o papel de três incubadoras de empresas da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba no desenvolvimento da capacidade absortiva em empresas atendidas pelos seus programas de incubação.
Cohen e Levinthal (1990, p. 128) foram os pioneiros a analisar a capacidade absortiva, inicialmente definida como a habilidade organizacional de “identificar conhecimento técnico e científico, disponível no ambiente externo no qual está inserida, internalizar e assimilar este conhecimento, para aplicá-lo visando aprimorar seus produtos e serviços”. Zahra e George (2002) complementaram este conceito e suas implicações para a inovação, definindo a capacidade absortiva como um conjunto de processos e rotinas de uma empresa para aquisição, assimilação, exploração e transformação do conhecimento.
Esta pesquisa teve abordagem qualitativa, com uso do método de estudo de caso múltiplo envolvendo 3 incubadoras e 23 empresas incubadas. A coleta de dados foi feita por meio de pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas com os gestores das 3 incubadoras e gestores das empresas incubadas. As perguntas utilizadas para coletas dos dados foram baseadas no referencial teórico e nas categorias dos processos e práticas-chaves, ou macroprocessos do CERNE. Os critérios de escolha de incubadoras foram: i) vinculadas à instituição de ensino; e ii) que já possuíssem empresas graduadas.
Verificou-se a influência do processo de incubação nas capacidades de Aquisição (ACAP potencial) e Transformação (ACAP realizada), muito pelo efeito das atividades de capacitação, consultoria e monitoramento com foco na orientação gerencial e tecnológica, que contribuem para uma maior instrumentalização das incubadas quanto às rotinas, processos, métodos e instrumentos que permitirão o aproveitamento dos demais suportes oferecidos pela incubação. O desenvolvimento da ACAP nos três casos exemplifica a relação entre ambiente externo, incubadora e empresas destacada por Hausberg e Korreck (2020).
O destaque dado por parte das empresas incubadas quanto ao ambiente de inovação, o acompanhamento/mentoria e a rede de contatos é apresentado como sendo a principal contribuição para seu desenvolvimento no processo de incubação. Estes elementos suportam, simultaneamente, os aspectos da capacidade absortiva potencial, com a ampliação da capacidade de aquisição e aspectos da capacidade absortiva realizada auxiliando na análise e validação da transformação do conhecimento. Isso demanda uma atuação dinâmica por parte da incubadora, passando a ser uma articuladora das relações inter organizacionais
Almeida, C., Barche, C. K., & Segatto, A. P. (2014). Análise da implantação da Metodologia Cerne: estudo de caso em duas incubadoras nucleadoras do Paraná. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 3(3), 194-210. Cassol, A., Zapalai, J., & Cintra, R. F. (2017). Capacidade absortiva como propulsora da inovação em empresas incubadas de Santa Catarina. Revista Ciências Administrativas, 23(1), 9-41. Hausberg, J. P.; Korreck, S. (2020). Business incubators and accelerators: a co-citation analysis-based, systematic literature review. The Journal of Technology Transfer, 45, 151–176.