Resumo

Título do Artigo

QUANTO MAIS SE SABE, MAIS SE ARRISCA? UM ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE CONHECIMENTO FINANCEIRO E PERFIL DE RISCO
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Palavras Chave

conhecimento financeiro
perfil de risco
finanças

Área

Finanças

Tema

Gestão Financeira

Autores

Nome
1 - Sabrina Espinele da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - CEPEAD
2 - Felipe Rodrigues Cruz
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - CEPCON
3 - LETICIA FERNANDES PEREIRA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas
4 - Aureliano Angel Bressan
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - FACE

Reumo

O mercado financeiro tem se tornado cada vez mais complexo, oferecendo uma variedade de produtos de difícil compreensão, especialmente para o investidor não sofisticado, o que gera a necessidade de que os indivíduos se adaptem e busquem conhecimento para atuar nesse novo cenário. Nesse contexto, o conhecimento financeiro passa a ser visto como uma habilidade essencial para que os investidores possam tomar decisões financeiras adequadas ao seu perfil de risco e ao seu nível de renda.
Nesse sentido, indaga-se no presente estudo: O conhecimento financeiro dos indivíduos influencia seu perfil de risco? Assim, o objetivo do presente estudo é investigar se o conhecimento financeiro impacta o perfil de risco de estudantes brasileiros de graduação e pós-graduação. Ademais, será analisado como o contato com disciplinas da área financeira impacta a tolerância ao risco.
O fato de que o conhecimento financeiro pode estar associado ao perfil de risco dos indivíduos implica que um maior nível de conhecimento por parte da população pode ter consequências tanto para as vidas particulares dos indivíduos, quanto para a economia. Para Klapper e Lusardi (2019), o conhecimento financeiro pode ser medido a partir de conceitos que fazem parte das decisões financeiras diárias das pessoas, que são: diversificação de riscos, inflação, letramento matemático e juros compostos. Dentre esses conceitos, o conceito de diversificação de riscos é o menos compreendido.
Foram aplicados questionários para estudantes de graduação e pós-graduação brasileiros durante o segundo semestre de 2019, sendo obtidos 335 respostas ao todo. Para responder à questão de pesquisa levantada, utilizou-se da análise de correlação de Spearman, teste de Qui-quadrado e regressão MQO.
Os resultados mostraram que há uma relação positiva e estatisticamente significativa entre o conhecimento financeiro e a tolerância ao risco dos entrevistados. De forma semelhante, também se observou uma relação positiva e estatisticamente significativa entre o fato de o respondente ter cursado alguma disciplina da área de finanças e o seu escore de perfil de risco, indicando que as pessoas que possuem mais exposição ao conhecimento financeiro são mais propensas ao risco.
Os achados sugerem que quanto mais um indivíduo sabe sobre finanças, mais este tende a se arriscar.
Chen, H., & Volpe, R. P. (1998). An analysis of personal financial literacy among college students. Financial services review, 7(2), 107-128. Grable, J. E. (2000). Financial Risk Tolerance and Additional Factors that Affect Risk Taking in Everyday Money Matters. Journal of Business and Psychology, 14(4), 625–630. Klapper, L., & Lusardi, A. (2019). Financial literacy and financial resilience: Evidence from around the world. Financial Management, 1–26. https://doi.org/10.1111/fima.12283