Resumo

Título do Artigo

Ecossistemas de inovação e sistemas de inovação: afinal, qual a diferença?
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Palavras Chave

Ecossistema de inovação
Sistema de inovação
Metassíntese

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes de Cooperação, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - Mateus Augusto Fassina Santini
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - Porto Alegre

Reumo

A abordagem emergente de ecossistemas de inovação vem ganhando destaque tanto nas pesquisas acadêmicas quanto no mundo dos negócios, por outro lado, o enfoque de sistemas de inovação é considerado uma abordagem madura e teoricamente consistente. O presente estudo parte da hipótese que, apesar de haver algumas questões convergentes e complementares, existem divergências significativas em ambas abordagens que impossibilitam a utilização destes termos de forma intercambiável. Desta forma, a comparação equivocada que se faz na literatura, por falta de rigor, é prejudicial para ambas perspectivas.
Ambas perspectivas são extremamente relevantes no campo da inovação, porém, observa-se de forma recorrente o emprego de forma equivocada destes termos no desenvolvimento de pesquisas. Estudos anteriores fizeram uma tentativa de analisar estas perspectivas em conjunto, mas falharam ao considerar que ecossistemas de inovação e de negócios eram termos intercambiáveis. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo analisar as características, divergências, convergências e complementaridades da abordagem própria de ecossistemas de inovação e com a abordagem de sistemas de inovação.
O conceito de Sistema de inovação emergiu na década de 90 principalmente no trabalho de Freeman (1987) que o define como o conjunto de atores institucionais que, juntos, desempenham o papel principal em influenciar o desempenho inovador. Freeman foca especialmente nas políticas necessárias para fomentar a inovação. Já a literatura de ecossistemas de inovação se popularizou nos últimos anos com o trabalho de Adner (2006), que o define como acordos colaborativos por meio dos quais as empresas combinam suas ofertas individuais em uma solução voltada para o cliente.
O presente estudo foi desenvolvido com base em uma revisão da literatura com metassíntese apoiado na metodologia prisma. Como resultado, conclui-se que as divergências mais significativas de ambas perspectivas estão relacionadas ao objetivo da pesquisa, contribuições da pesquisa, limites e a unidade de análise.
O uso equivocado destes termos ainda é observado na literatura, apesar de Oh et al. (2016) sugerir um maior rigor nos estudos de EI, percebe-se que o mesmo pode ser sugerido para os estudos de SI. Os achados convergem para a hipótese de que existem divergências em ambas perspectivas, pois existem diferenças substanciais entre ambas abordagens, e o uso indiscriminado destes termos acaba prejudicando o avanço do campo teórico.
Adner, R. (2006). Match your innovation strategy to your innovation ecosystem. Harvard business review, 84(4), 98. Freeman, C. (1987). Technology, policy, and economic performance: lessons from Japan. Pinter Pub Ltd.