Resumo

Título do Artigo

Um olhar sobre a hospitalidade em Pelotas/RS a partir dos sujeitos em processo de envelhecimento
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Palavras Chave

Hospitalidade
Cidade
Idosos

Área

Turismo e Hospitalidade

Tema

Dimensões e Contextos do Turismo e da Hospitalidade

Autores

Nome
1 - Dalila Müller
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL) - Faculdade de Administração e de Turismo
2 - Dalila Rosa Hallal
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL) - Faculdade de Administração e de Turismo

Reumo

A cidade transmite diversas sensações, como bem estar e acolhimento, mas também pode despertar sensações opostas, tanto para os que vivem, como para os que visitam determinada localidade. Muitas vezes, os idosos encontram-se segregadas, não encontrando, em suas próprias cidades, espaços, nem estrutura para exercer seus direitos, sua cidadania, ocasionando um processo de exclusão. As cidades não têm sido produtoras de espaços públicos inclusivos, acessíveis e convidativos, evidenciando-se grande necessidade de criação de novos espaços públicos devido ao progressivo envelhecimento da população.
De que forma a cidade de Pelotas recebe seus idosos? Pelotas pode ser considerada uma cidade hospitaleira para os idosos? Como os idosos residentes em Pelotas veem os espaços públicos da cidade? Essas questões norteiam este trabalho, que tem por objetivo analisar a hospitalidade nos espaços públicos de Pelotas a partir de sujeitos em processo de envelhecimento.
A hospitalidade urbana é entendida neste trabalho como uma das formas de facilitação na aproximação e convívio do indivíduo com os outros, para isso, torna-se importante investir em espaços públicos de qualidade, com condições de recepcionar e entreter moradores e visitantes (SEVERINI, 2013). Para Grinover (2007, p. 160) os espaços públicos são onde “se possibilitam e se exercitam a escolha, a liberdade e a hospitalide”. A hospitalidade sempre implica valores de solidariedade e sociabilidade e está alçada na acessibilidade, legibilidade e identidade (GRINOVER, 2006; 2012).
O trabalho foi realizado a partir de um formulário online postado na rede social Facebook direcionado aos idosos residentes em Pelotas. O formulário ficou disponível durante dez dias para acesso e resposta. Após análise dos formulários respondidos, foram selecionados 30 para este trabalho. É importante destacar que este grupo não representa os idosos residentes em Pelotas, mas, contribuem para se pensar a hospitalidade nos espaços públicos da cidade.
Os idosos consideram hospitaleira uma cidade que recebe e acolhe bem as pessoas, sejam moradores ou turistas. A hospitalidade é relacionada com virtudes como respeito, solidariedade, troca, compartilhamento, entre outras. Para os idosos, os espaços públicos permitem uma vivência social mais rica, propiciando uma maior interação entre as pessoas e destas com a cidade. Embora alguns idosos reconheçam que Pelotas é hospitaleira, a grande maioria sente que a cidade é pouco hospitaleira com os idosos por não oferecer espaços públicos para o convívio entre eles.
A hospitalidade de uma cidade se refere ao ato de bem receber e acolher as pessoas, tanto moradores como turistas. Uma cidade hospitaleira deve possibilitar ao idoso o trânsito e a livre fruição da cidade. Em Pelotas, assim como em outras cidades brasileiras, muitas barreiras estruturais à acessibilidade dos idosos são identificadas. Porém, a exclusão de parcelas da população, entre elas os idosos, é mais destacada. Os espaços públicos de Pelotas são utilizados, porém, os idosos não consideram Pelotas uma cidade hospitaleira.
GRINOVER, L. A hospitalidade, a cidade e o turismo. São Paulo: Aleph, 2007. GRINOVER, Lucio. A hospitalidade urbana: acessibilidade, legibilidade e identidade. Revista Hospitalidade. São Paulo, ano III, n. 2, p. 29-50, 2006. SEVERINI, Valéria Ferraz. Hospitalidade Urbana: Ampliando o Conceito. Revista Iberoamericana de Turismo – RITUR. Penedo, v. 3, n. 2, p. 84-99, 2013. Disponível em: http://www.seer.ufal.br/index.php/ritur.