Resumo

Título do Artigo

SUCESSÃO E ESTRATÉGIA: estudo com empresas familiares de médio porte
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Palavras Chave

Estratégias Genéricas
Empresa familiar
Sucessão

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Pequenas e Médias Empresas

Autores

Nome
1 - Antonio Pinto de Azevedo Neto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF) - Juiz de Fora
2 - Thiago Pereira Mattos Rocha
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ (UNESA) - Centro Universitário Estácio Juiz de Fora

Reumo

É comum, em grandes empresas, que a responsabilidade de elaborar e implementar as estratégias fique a cargo de uma equipe de pessoas com formações acadêmicas variadas, experiência e capacidade de planejar e lidar com análise de dados e informações do mercado em que atuam. Por outro lado, em empresas de menor porte a responsabilidade da formulação da estratégia recai sobre um único profissional, geralmente o dono da empresa. O enfoque desse trabalho foi nesse segundo grupo de empresas.
Esse trabalho buscou compreender como os estilos cognitivos e as estratégias corporativas estão relacionadas com o processo de sucessão em empresas familiares. A pergunta central que o estudo procurou responder foi: “como os estilos cognitivos e as estratégias corporativas estão relacionadas com o processo de sucessão em empresas familiares?”
Miles e Snow (1978) separam as empresas em quatro categorias de acordo com o comportamento estratégico: prospector, defensivo, analítico e reativo. Para Kirton (1976), estilo cognitivo pode ser entendido como um padrão na busca informações para auxiliar na tomada de decisões, soluções de problemas e formulação de políticas. No caso das empresas, um dos fatores que poderá influenciar na formulação na estratégia é o estilo cognitivo do estrategista (Gimenez, 2000). Gersick et al (1997) reuniram as três dimensões presentes nas empresas familiares: Família, Propriedade e Negócio/Gestão.
Nesse estudo foi adotada uma abordagem qualitativa com características de trabalho exploratório. Para coleta de dados, foram aplicados os questionários desenvolvidos por Conant, Mokwa e Varadajan (1990) e por Kirton (1976) para identificar respectivamente estratégia genérica da tipologia de Miles e Snow (1978) e o perfil Adaptativo-Inovativo dos gestores das organizações. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os principais envolvidos diretamente na sucessão: sete sucedidos e onze sucessores das sete organizações que participaram do estudo.
Na organização em que prevaleceu a Estratégia Prospectiva, o estilo cognitivo de sucedido e sucessor é o Inovativo, coerente com Kirton (1976). Era esperado que nas empresas com estratégias Analíticas fossem apontados diferentes estilos cognitivos entre sucessor e sucedido. Esse cenário ocorreu nas empresas C e F. No caso da Empresa D, a estratégia Analítica sobressaiu e os entrevistados ficaram próximos do valor central da escala. Nas organizações com estratégia Defensiva não foi possível fazer relações entre estilos cognitivos dos dirigentes e as opções estratégicas.
De maneira geral, foi observada uma grande dificuldade em separar empresa da família. Em todos as organizações visitadas para esse estudo os sucedidos enxergam o negócio além de fonte de renda, mas como uma extensão da própria casa. Cada empresa entre as pesquisadas, tratou de forma diferente o processo de sucessão. Mesmo encontrando semelhanças em alguns pontos entre elas, as diferenças foram muitas. As organizações participantes elaboram suas estratégias de forma diferente, o que pode estar relacionado com o fato de atuarem setores distintos com diferentes níveis de turbulência.
CONANT, J.S., MOKWA, M.P.; VARADAJAN, P.R. Strategic types, disticntive marketing competencies and organisational performance: a multiple measures-based study. Strategic Management Journal, v. 11, p. 365-383, 1990. GERSICK, K.E.; DAVIS, J. A.; HAMPTON, M. M.; LANSBERG, I. De geração para geração: ciclo de vida da empresa familiar. São Paulo: Negócio, 1997. GIMENEZ, F. A. P. O estrategista na pequena empresa. Maringá: [s/n], 2000. KIRTON, M. J. Adaptors and innovators in organizations. The Journal of Psychology, v. 125, n. 4, p. 445-455, 1991.