Resumo

Título do Artigo

REVISÃO SISTEMÁTICA: DESIGN SCIENCE RESEARCH PARA ESTUDOS SOBRE BLOCKCHAIN
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Palavras Chave

Blockchain
Design Science Research
Revisão sistemática de literatura

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Métodos e Técnicas de Pesquisa

Autores

Nome
1 - Dênis Alves Rodrigues
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO (FGV-EAESP) - CDAE
2 - Eduardo Henrique Diniz
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO (FGV-EAESP) - IMQ

Reumo

A tecnologia blockchain foi desenvolvida inicialmente como a infraestrutura digital da criptomoeda Bitcoin (Cong & He, 2019), porém, ela começou a ser utilizada e adaptada para outros processos, como pode ser visto em Ølnes, Ubacht e Janssen (2017). Como exemplo dos novos artefatos de TI que estão sendo desenvolvidos, tendo como base as características e funcionalidades da blockchain, tem-se os contratos inteligentes (Cong & He, 2019), controle de identidade (Sullivan & Burger, 2017), smart grid (Mengelkamp et al., 2018), moedas sociais digitais (Diniz, Siqueira & Heck, 2018), entre outros.
Considerando que a adoção da blockchain em novas áreas e processos é relativamente e recente, torna-se necessário à sua melhor compreensão, entendendo este processo de desenvolvimento da inovação digital. Assim, esta revisão sistemática de literatura, apoiada na proposta de Webster e Watson (2002), tem como objetivo explicar as as novas formas e áreas de adoção de blockchain, a partir de pesquisas que utilizem o paradigma da Design Science Research (DSR), inclusive explicando como o citado paradigma está sendo utilizado para estes estudos, inclusive questões de métodos e objetivos.
Blockchain é um artefato de TI (Hawlitschek et al., 2018), portanto, é algo que possui uma existência material, como um objeto artificialmente produzido, inclusive podendo ser uma instância, com base nas definições de Gregor e Hevner (2013) e de Hevner et al. (2004). O paradigma da Design Science Research se apoia nos trabalhos de Simon sobre a ciência do artificial e é um paradigma de pesquisa que foca na compreensão de um artefato e os processos que estão envolvidos em seu uso, além disto, ele deve ser construído ou desenvolvido para resolver um problema relevante (Baskerville et al., 2015).
Considerando os 45 artigos analisados, 22 (48,9%) eram de revistas acadêmcas e 23 (51,1%). Além disto, foi realizada a análise dos artigos com base na proposta de Hevner et. al. (2019) sobre as funções que a inovação digital (ID) pode ter para DSR, encontrando que 80% focam no problema a ser enfrentado (função “0”) e 64,4% focam no design do artefato (função “1”), ou seja, não analisam questões sobre a sua implantação ou análises sociotécncias. Analisando os tipos de contribuições de conhecimento DSR (Gregor & Hevner, 2013), foi encontrado que em 88,9% (40) das pesquisas eram de exaptação.
Verifica-se que o processo de exaptação (Gregor & Hevner, 2013) fica muito mais evidente, uma vez que na primeira pesquisa, 80,5% dos estudos focavam no Bitcoin (Nakamoto, 2008), ou seja, havia uma maior preocupação em compreender o artefato original. Podendo-se entender o ciclo de desenvolvimento da tecnologia. Também se verifica que a questão da segurança e confiança trazida pela tecnologia, bem como a possibilidade de se retirar um ator para dar confiança em um determinado processo, a potencializa ou a torna um catalizador para áreas relevantes, como a de Supply Chain Management.
Baskerville, R. L.; Kaul, M. & Storey, V. C. (2015). Genres of inquiry in design-science research: justification and evaluation of knowledge production. MIS Quarterly Vol. 39 No. 3, pp. 541-564. Gregor, S., & Hevner, A. R. (2013). Positioning and presenting design science Research for maximum impact. MIS Quarterly Vol. 37 No. 2, pp. 337-355. Hevner, A., March, S. T., Park, J., & Ram, S. (2004). Design science in information systems research. MIS Quarterly, 28(1), 75–105. Hevner, A., Brocke, J. & Maedche, A. (2019). Roles of Digital Innovation in Design Science Research. Bus Inf Syst Eng. 61.