Resumo

Título do Artigo

ORGANIZAÇÕES INVISÍVEIS: Auto-organização, Emergência e Insurgência Cidadã
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Palavras Chave

Emergência
Auto-organização
Movimentos Insurgentes

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Organizações Não-Convencionais

Autores

Nome
1 - Herus Orsano Machado
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO (IFMA) - DEPARTAMENTO DO EIXO DE GESTÃO E NEGÓCIOS
2 - Patrícia Gêmily Grenfell de Oliveira
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Ppga
3 - Hermano José Batista de Carvalho
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Administração

Reumo

Nas discussões sobre a Gestão de Cidades, sobressaem as características intrínsecas a esse organismo social: a complexidade, a emergência e a auto-organização. Nesse contexto, a existência de movimentos que fluem da ação dos cidadãos, e que procuram resolver questões endógenas à comunidade local, apresenta-se como um fenômeno social de relevância, mesmo que, na maioria das situações, não sejam reconhecidos pelas administrações públicas, nem tampouco sejam vistos pela própria sociedade.
Com base nesse contexto, surge a questão de pesquisa que fundamenta este estudo: Quais características e as formas de organização desses movimentos insurgentes e quais papéis desempenham como atores sociais? Assim, tem-se como objetivo geral do trabalho: Compreender a dinâmica dos grupos insurgentes, suas características gerais e peculiaridades específicas de organização. Por meio do entendimento da dinâmica das cidades e de seus atores sociais, desperta-se a necessidade de compreender esses movimentos insurgentes e os papéis que desempenham na sociedade.
A auto-organização é abordada por um conceito interdisciplinar, visto por várias perspectivas, em diferentes áreas das ciências, a exemplo educação, direito, psicologia, planejamento urbano (ALVES, 2013; OLIVEIRA, 2013; VASCONCELLOS) entre outras, o que mostra versatilidade e abrangência em sua utilização. Segundo Serva (2010, p.28), “auto-organização é o conceito central da complexidade”. A teoria da auto-organização acrescenta à complexidade conceitos de não equilíbrio, emergência, criatividade, auto semelhança, imprevisibilidade, entre outros.
Constatou-se no campo empírico que todos os coletivos possuem características de auto-organização e emergência, surgem espontaneamente, conforme conceito trazido por Portugalli (2013) e Teodoro (2015), que aborda o surgimento espontâneo e emergente, além de possuírem um alto grau de interação entre seus membros. Dessa forma, os coletivos urbanos apresentam, de uma maneira geral, características que os evidenciam como ambientes auto-organizáveis.
Os resultados obtidos nesta pesquisa ofereceram aos autores a realidade de organizações não-convencionais, que representam uma formação espontânea, com um modelo de funcionamento que não observa qualquer parâmetro de hierarquia, aproximando por demais de uma organização em rede presente na definição de Moraes (2004), como uma ideia de fluxos imprevisíveis e instáveis que estão em constante movimento e processo de rearranjo, oriundos das peculiaridades de auto-organização, espontaneidade, insurgência e emergência.
HOLSTON, James. Cidadania insurgente: disjunções da democracia e da modernidade no Brasil. [S.l.]: Companhia das Letras, 2013. JACOBS, Jane et al. Morte e vida de grandes cidades/Jane Jacobs; Tradução Carlos S. Mendes Rosa.-2a ed. São Paulo: editora WMF, 2009 LEFEBVRE, Henri. O Direito à Cidade: São Paulo. ed. Centauro, 5ª edição, 2008. PORTUGALI, J. Complexity Theories of Cities: achievements, criticism and potentials. In: Complexity Theories of Cities Have Come Age: an overview with implications to urban planning and design. Berlin: Springer-Verlag Berlin Heidelberg, 2012.