Resumo

Título do Artigo

Mudança institucional e estrutura de governança: um estudo de caso da gestão do protocolo de higienização das mãos em hospitais
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Palavras Chave

Mudança Institucional
Estruturas de Governança
Práticas de Incentivos

Área

Administração Pública

Tema

O Covid-19 e a Gestão Pública

Autores

Nome
1 - Eder de Carvalho Januario
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - butanta
2 - Marcelo Caldeira Pedroso
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA)
3 - Marcello Vinicius Doria Calvosa
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO (UFRRJ) - GeCaPEP / DCAd-ICSA
4 - Joice Chiareto
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Capital

Reumo

A adesão a padrões de higienização das mãos dos profissionais de saúde é abaixo do ideal, apesar da pressão dos órgãos reguladores em todo o mundo (Seo, et al., 2019). No Brasil, com intuito de melhorar a conformidade e evidenciar que a higiene das mãos reduz as infecções associadas à assistência à saúde, em 2013 foi lançado uma série de medidas com o objetivo de ampliar a segurança do paciente por meio da Resolução Diretoria Colegiada (RDC )(Brasil, 2013). A melhora da prática de higienização das mãos, de forma bem sucedida e sustentada, é alcançada por meio influencia de pessoas.
A motivação neste trabalho é explorar como as instituições de saúde planejam e mudam suas práticas dos incentivos no processo de mudança institucional para alcançar objetivos estratégicos e organizacionais. Desta forma, a pergunta de pesquisa que orienta este estudo é: Como as organizações gerenciam as práticas de incentivos no processo de mudança institucional?
Um constante e fundamental debate na literatura, enfoca a problemática das mudanças no ambiente externo (como exemplo, mudança institucional) e o impacto nas estratégias, alterando as rotinas e decisões da organização (Klein et al., 2019). Alterações no ambiente externo (como, por exemplo, mudança institucional, tecnológica) os gestores são responsáveis pela adoção e desenvolvimento de estratégias da mudança intermediado pela motivação, através de práticas de incentivos em resposta ao novo “ambiente”. Tais práticas podem influenciar o comportamento organizacional e, e desempenho.
Devido à natureza da pergunta de pesquisa que orienta este estudo: Como as organizações gerenciam as práticas de incentivos no processo de mudança institucional? A pesquisa qualitativa é mais apropriada Eisenhardt, (1989). As pesquisas qualitativas têm por objetivo analisar os dados em forma de palavra, que são um tipo de linguagem na forma de texto. O objetivo é gerar um entendimento que poderá ser aplicado também a outros casos com contextos similares, tornando compreensível uma questão teórica de forma ampla Miles et al., (2014).
No referido estudo identificamos que os hospitais utilizam oficialmente três das quatro estruturas de governança (burocrática, comunitária e democrática). As práticas foram implantadas ao longo do tempo nos hospitais, algumas são decisões do setor de recursos humanos, outras são decisões próprias da equipe, como, por exemplo, as práticas que ocorrem na governança comunitária. Nós identificamos que os gestores se questionavam ou refletiam sobre a coerência/consistências dessas práticas de incentivo e como elas levariam ao resultado esperado (redução dos quadros de infecção).
Os resultados chamam a atenção para a importância da gestão das práticas de incentivos, para se alcançar determinados objetivos, indo além da questão da hierarquia e poder (clássica noção presente em (Mintzberg & Quinn, 2003): gerir as práticas de incentivos pode contribuir para que os funcionários criem uma expectativa em receber incentivos, reforçando as suas motivações no processo de mudança organizacional; contribuindo assim para um melhor alinhamento de interesses da organização e dos indivíduos (Foss & Lindenberg, 2013; Lindenberg & Foss, 2013).
Bae, S. (2020). The ways in which healthcare interior environments are associated with perception of safety from infectious diseases and coping behaviours. Journal of Hospital Infection. https://doi.org/10.1016/j.jhin.2020.06.022 Bock, A. J., Opsahl, T., George, G., & Gann, D. M. (2012). The effects of culture and structure on strategic flexibility during business model innovation. Journal of Management Studies, 49(2), 279–305. https:// doi.org/10.1111/j.1467-6486.2011.01030. Grandori, A. (2017). Democratic governance and the firm. Revista de Administração, 52, 353–356. https://doi.org/10.1016