Resumo

Título do Artigo

ARTICULAÇÃO MUNICIPAL EM RESPOSTA À PANDEMIA DA COVID-19
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Palavras Chave

gestão pública
pandemia
mudança organizacional

Área

Artigos Aplicados

Tema

COVID-19 em Artigos Aplicados

Autores

Nome
1 - Frederico Martins de Paula Neto
Fundação João Pinheiro - FJP/MG - Escola de Governo
2 - Cláudia Costa de Araújo Fusco
Fundação João Pinheiro - FJP/MG - Pampulha
3 - Flávia Alves Guimarães
Fundação João Pinheiro - Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho
4 - Giovanna Bonfante
Fundação João Pinheiro - FJP/MG - Pampulha

Reumo

A emergência desencadeada pela pandemia da COVID-19 se tornou uma crise sanitária sem precedentes que passou a pressionar todo o Sistema de Saúde nacional, levando setores governamentais e privados a recomendar estratégias de afastamento social, gerando impactos para a gestão e para a própria execução de políticas públicas. Para se adequar à nova realidade imposta, as administrações municipais brasileiras tiveram de adotar uma série de medidas com o intuito de assegurar a continuidade da prestação de serviços essenciais para a sociedade de forma segura para os servidores públicos.
Procedeu-se entrevista a gestores públicos municipais dentro das lentes teóricas de uma visão contextual-processualista, em que se identificou o contexto, o conteúdo e o processo relacionados, considerando como contexto interno a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, como conteúdo a atuação intersetorial, a resignificação dos objetivos estratégicos e as alterações nas dinâmicas de trabalho em resposta à crise do novo coronavírus e como processos as políticas públicas da área finalística e da área meio, bem como na atuação de órgãos de controle municipal e de controle externo.
O planeta atravessa uma crise sem precedentes que se mostra como a maior de uma geração e, certamente, uma das maiores de que se tenha registro na área da saúde pública. O momento histórico mostra que não existem problemas próprios da área da Administração, ou mesmo da Administração Pública, mas problemas sociais que exigem abordagens interdisciplinares, com propostas de solução para problemas reais e com condão de efetivamente tocar a vida das pessoas, tanto no sentido lato, entendido aqui como o seu curso diário rotineiro, como no sentido stricto, ou seja, na sua própria existência.
Tanto os órgãos de execução de políticas públicas (área finalística e área meio), quanto os órgãos de controle (interno e externo) devem se adequar às mudanças impostas pela pandemia, marcada por fatores exógenos agudos que exigirão medidas quase que de maioria no sistema top-down. Por outro lado, considerando a aversão à incerteza típica de qualquer instituição, pública ou privada, e a necessidade de respostas rápidas imposta pela pandemia, verifica-se um grande grau de mimetismo nas ações imediatas de resposta.
A resposta da administração pública municipal à crise trouxe alteração significativa impulsionada pela tomada de decisão tempestiva, fato não corriqueiro na administração pública, geralmente cartorial ou, no mínimo, protocolar. Mudanças terão continuidade ao fim da situação de emergência, como automação de processos ou teletrabalho amplo, com economia de recursos e melhora na qualidade da prestação do serviço. Implementou-se revisão dos processos envolvidos, com respostas estratégicas das organizações face às mudanças impostas.
Entende-se que o debate aqui exposto não terá o condão de indicar caminhos, mas talvez possibilite e estimule a discussão sobre os processos administrativos em tempos de crise. As contribuições apresentadas são fundamentais para que se possa refletir sobre mudanças estratégicas, sem perder de vista a construção social, histórica e política que as caracterizam, bem como as especificidades de cada área de atuação que, por certo, moldaram a resposta de cada organização a depender de seu tamanho, estrutura e estratégia.