Resumo

Título do Artigo

NEGÓCIOS SOCIAIS: uma perspectiva bibliométrica acerca da produção científica internacional
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Palavras Chave

Negócios Sociais
Perspectiva social e econômica
Revisão sistemática

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Social

Autores

Nome
1 - Maria do Socorro Torres Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG) - UAAC
2 - Suzanne Érica Nóbrega Correia
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG) - Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade
3 - Petruska de Araujo Machado
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - Programa de Pós-Graduação em Administração

Reumo

Os altos níveis de degradação ambiental, o esgotamento de recursos naturais não renováveis, o aumento das desigualdades sociais, entre outros fatores, são desafios que ocupam cada vez mais espaço nas discussões promovidas por governos, empresas e sociedade civil (ROSOLEN; TISCOSKI; COMINI, 2014). Buscando unir o valor socioambiental e a sustentabilidade financeira na mesma estrutura organizacional (COMINI, 2016), os negócios sociais representam alternativas inovadoras que se propõem a solucionar os problemas socioambientais emergentes, constituindo tema de crescente interesse na academia.
O rápido crescimento das pesquisas na área dos negócios sociais, a sua natureza emergente e a inspiração em diferentes disciplinas contribuem para formar uma literatura bastante fragmentada e sem estruturas dominantes (SAEBI; FOSS; LINDER, 2018). Diante dessa fragmentação conceitual, e objetivando contribuir para o fortalecimento das discussões no meio acadêmico, o presente estudo se propõe a realizar um mapeamento bibliométrico da produção científica construída em torno do tema, considerando publicações internacionais indexadas na plataforma Web of Science (WOS), no período de 1945 a 2020.
Os negócios sociais caracterizam-se por atender às novas demandas sociais alinhando à lógica de mercado a lógica social, buscando conciliar a geração de valor social e econômico na mesma estrutura organizacional (JAHCHAN; COMINI; D’AMARIO, 2016; WILSON; POST, 2013; YUDHA; SUDHARTIO, 2019). Diferenciam-se por utilizar meios comerciais para atingir uma missão social ou ambiental (SANTOS; PACHE; BIRKHOLZ, 2015), desenvolvendo produtos e serviços para clientes e mercados, embora seu objetivo central seja servir à sociedade (YUNUS; MOINGEON; LEHMANN-ORTEGA, 2010).
Este estudo objetivou mapear a produção científica internacional acerca dos negócios sociais, no período de 1945 a 2020. Para delinear o panorama da evolução da temática e identificar as correntes teóricas hegemônicas, foram investigados os seguintes aspectos: 1) o número de publicações, 2) os autores mais produtivos e citados da área, 3) os artigos e periódicos mais influentes, 4) o mapa de co-ocorrência de termos mais frequentes e, por fim, 5) as redes de co-citação. Os resultados da presente pesquisa foram estruturados com o auxílio combinado dos softwares VOSviewer e CitNetExplorer.
Há um crescimento da produção acadêmica em nível global, evidenciada pelo aumento das publicações indexadas na WOS na última década. Os negócios sociais compreendem uma grande variedade de tópicos, sendo os mais relevantes: as tensões e os dilemas oriundos da busca por objetivos paradoxais; as perspectivas social e econômica; as dimensões comportamentais/culturais; a variedade de empreendimentos que se encaixam nesse perfil; os aspectos conceituais; as questões relacionadas ao hibridismo organizacional; e a potencialidade dessas organizações na diminuição das desigualdades sociais.
BATTILANA, J.; DORADO, S. Building Sustainable Hybrid Organizations: The Case of Commercial Microfinance Organizations. Academy of Management Journal, v. 53, n. 6, p. 1419–1440, dez. 2010. SMITH, W. K.; GONIN, M.; BESHAROV, M. L. Managing Social-Business Tensions: A Review and Research Agenda for Social Enterprise. Business Ethics Quarterly, v. 23, n. 3, p. 407–442, jul. 2013. YUNUS, M.; MOINGEON, B.; LEHMANN-ORTEGA, L. Building Social Business Models: Lessons from the Grameen Experience. Long Range Planning, v. 43, n. 2–3, p. 308–325, abr. 2010.