Resumo

Título do Artigo

REDE DE ORGANIZAÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS (LONDRINA – PR): UM ESTUDO DAS RELAÇÕES DE PODER ESTABELECIDAS PELAS ORGANIZAÇÕES CENTRAIS.
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Palavras Chave

Rede
Organizações Sem Fins Lucrativos
Relações de Poder

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Organizações Não-Convencionais

Autores

Nome
1 - Raphaela Amaoka Bernardino
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - São Paulo
2 - IVAN DE SOUZA DUTRA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL) - Departamento de Administração
3 - Carlos Eduardo de Lima
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO (FGV-EAESP) - São Paulo

Reumo

No Brasil, as Organizações Sem Fins Lucrativos (OSFL) quando bem articuladas com os demais atores da sociedade, constituem um pilar essencial para um processo de gestão dos recursos necessários ao atendimento das suas próprias necessidades. O estudo de abordagem quantitativa de Conte (2017) trouxe o mapeamento das relações das OSFL de Londrina – Paraná, em que verificou uma boa articulação entre os diversos atores quando se destacaram no que se refere a um desenvolvimento urbano voltado às questões sustentáveis, apresentando projetos reconhecidos em âmbito nacional e internacional.
Com base no estudo de Conte (2017) o presente trabalho, agora de abordagem qualitativa, busca analisar as relações entre as OSFL de Londrina, com ênfase nos dois tipos de centralidades identificadas em rede. Assim sendo, surge a seguinte problemática: Como as Relações de poder dos atores com maior centralidade em uma Rede Social de Organizações Sem Fins Lucrativos influenciam o acesso a recursos? Objetivando assim, compreender como as Relações de Poder entre os atores com maior centralidade em uma rede de OSFL influenciam o acesso a recursos.
Nas bases teóricas deste trabalho encontra-se a Rede Social qualificada por relações de força e conteúdo (GRANOVETTER et al., 2000), formando relações estabelecidas entre organizações, resultando numa rede de relações institucionais. A centralidade na estrutura de Rede Social é um de seus principais atributos que pressupõe atores munidos de poder, isto é, “atores chave” de uma rede. Por este motivo, outro aporte teórico adotado foi o do “Poder e Relações de dependência” de Emerson (1962, p.32) que parte da premissa de que “o poder é uma propriedade da relação social, não é um atributo do ator”
Pode-se confirmar o poder das duas categorias de centralidade (Degree e Closeness) por meio da Teoria de Poder e relações de Dependência de Emerson (1962). Os dois atores analisados na centralidade Degree apresentam elementos emancipatórios em seus discursos, o que seja possível se tornar o recurso responsável por estabelecer um maior número de conexões com este determinado ator. Já, nos casos da centralidade Closeness, o recurso credibilidade social está promovendo a proximidade entres os demais atores da rede uma vez que a credibilidade social é um recurso importante para se angariar doações
O ator Degree manifestou sua predominância nas relações de poder por meio do recurso fiscalização e emancipação que é capaz de trocar com outros atores. E, O ator Closeness expressa sua vantagem nas relações estabelecida entre os outros atores, por meio dos recursos credibilidade social. Portanto, é importante enfatizar o entendimento que as organizações centrais desse estudo se mostraram mais poderosas frente às demais organizações da rede - poder este manifesto nas relações de dependência e troca de recursos – influenciando tanto as relações entre atores quanto no acesso a recursos.
Conte, P. (2017). Redes de relações sociais e a convergência de objetivos de sustentabilidade: Estudos em organizações sem fins lucrativos de Londrina - PR. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina. Cook, K. S., Cheshire, C., & Gerbasi, A. M. (2006). Power, dependence and social exchange. In P. Burke (Ed.), Contemporary social psychological theories. Freeman, L. C. (1979). Centrality in networks: I. Conceptual clarification. Social Networks, 1, 215–239. Emerson, R. M. (1962). Power-dependence relations. American sociological review, 27(1), 31-41.