Resumo

Título do Artigo

COVID-19: INFLUÊNCIAS SOCIODEMOGRÁFICAS EM RELAÇÃO A INTENÇÃO DE PERMANECER EM DISTANCIAMENTO SOCIAL NO BRASIL.
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

COVID-19
Distanciamento Social
Sociodemográficos

Área

Marketing

Tema

Influência do COVID no Marketing

Autores

Nome
1 - JANAINA GULARTE CARDOSO
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS) - Curso de Administração - Campus Chapecó
2 - Gabriel Horn Iwaya
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Florianópolis
3 - Joao Henriques de Sousa Junior
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGAdm)
4 - RUDIMAR ANTUNES DA ROCHA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Departamento de Ciências da Administração

Reumo

A pandemia da COVID-19 representa uma eminente crise de saúde pública mundial e um grande desafio para todas as sociedades. Diante da inexistência, até o momento, de uma vacina que levaria à contenção da doença, diversos países adotaram medidas de intervenção não farmacológicas com o objetivo de mitigar a transmissão do vírus, reduzindo os níveis de contato na população. Dentre elas, destacam-se políticas destinadas a regular o comportamento e os hábitos sociais das pessoas, por meio do distanciamento social, o qual se configura como a estratégia mais efetiva de refreamento do vírus.
O estudo de Iwaya et al. (2020) investigou quais fatores influenciam a intenção dos brasileiros de permanecer em distanciamento social. Apontou que as normas subjetivas e as atitudes com relação ao distanciamento social são os preditores da intenção de permanecer em distanciamento. Porém, não analisou os fatores antecedentes que conformam as crenças e o comportamento. Assim, a presente pesquisa objetivou analisar como os fatores sociodemográficos influenciam a formação de crenças comportamentais, normativas e de controle – favoráveis ou desfavoráveis – à adoção do distanciamento social.
Na fundamentação teórica está contemplada a base que alicerça o trabalho proposto, com o objetivo de elucidar os principais constructos e a teoria que os orienta. Desse modo, a revisão teórica divide-se em duas seções, a saber: a) comportamento do consumidor e a teoria do comportamento planejado (TCP), que tem como pressuposto que todo comportamento é antecedido por uma intenção comportamental (AJZEN, 1991); b) os fatores antecedentes sociodemográficos, os quais são tidos como pré-requisitos que influenciam o comportamento humano (FISHBEIN; AJZEN, 2010).
Foi desenvolvida uma pesquisa quantitativa, com coleta de dados por meio de levantamento on-line e amostragem não probabilística. A pesquisa contou com 786 participantes brasileiros, majoritariamente residentes da região Sul do país. A análise de dados foi realizada com a utilização de técnicas estatísticas descritivas e aplicação do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis para amostras independentes, com o objetivo de verificar se a distribuição das atitudes, normas subjetivas e do controle comportamental percebido sofre variação em função das categorias das variáveis sociodemográficas.
Os resultados evidenciam que: a) a distribuição das atitudes varia em função do sexo biológico e faixa etária; b) a distribuição das normas subjetivas varia em função do sexo biológico e faixa etária; e c) a distribuição do controle comportamental percebido varia em função da faixa etária, escolaridade e renda. Apenas a variável ocupação não demonstrou evidências significativas.
Neste ínterim, mulheres, pessoas mais velhas, com maior nível educacional e renda mais elevada são mais favoráveis à adoção do distanciamento social. Já homens, jovens, pessoas com menor nível educacional e renda mais baixa tendem a ser menos favoráveis. Esses resultados podem servir às organizações públicas e privadas no processo de desenvolvimento de estratégias de promoção e engajamento da população na adoção do comportamento de permanecer em distanciamento social no Brasil.
AJZEN, I et al. The theory of planned behavior. Organizational behavior and human decision processes, v. 50, n. 2, p. 179-211, 1991. FISHBEIN, M.; AJZEN, I. Prediction and change of behavior: The reasoned action approach. New York: Psychology Press, 2010. IWAYA, G. H.; CARDOSO, J. G.; SOUSA JÚNIOR, J. H.; STEIL, A. Preditores da intenção de permanecer em distanciamento social. Revista de Administração Pública, 2020. PEDERSEN, M. J.; FAVERO, N. Social Distancing During the COVID‐19 Pandemic: Who Are the Present and Future Non‐compliers?. Public Administration Review, 2020.