Resumo

Título do Artigo

ESCALA DE COMPORTAMENTO EM ISOLAMENTO SOCIAL (CIS-18) – VALIDAÇÃO PELA MODELAGEM DE EQUAÇÕES ESTRUTURAIS.
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Palavras Chave

Isolamento Social
Adoecimento Psíquico
Modelagem de Equações Estruturais

Área

Estudos Organizacionais

Tema

COVID-19, Organizações e Sociedade

Autores

Nome
1 - Denilson Aparecida Leite Freire
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Administração, Ciências Contábeis, Engenharia da Produção e Serviço Social (FACES)

Reumo

Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada como uma pandemia. Com a rapidez com que o contágio se deu, foi recomendado, como medida preventiva, o isolamento social. O isolamento, contudo, trouxe impactos políticos, sociais e econômicos na vida das pessoas e das organizações, abrindo, assim, oportunidade de estudos e pesquisas que possibilitem compreender melhor esse fenômeno. Entretanto, não se encontrou na literatura uma escala que mensurasse, adequadamente, esse fenômeno e suas implicações na pessoas e nas organizações.
O objetivo dessa pesquisa foi estruturar, aplicar e validar um instrumento de investigação que avaliasse os impactos do isolamento social no comportamento das pessoas e das organizações. Estruturou-se, assim, uma medida de avaliação, baseando-se em outros instrumentos já validados nacional e internacionalmente e que culminou na escala de Comportamento em Isolamento Social (CIS-18).
A Escala de Comportamento em Isolamento Social (CIS-18) foi estruturada baseada no levantando da percepção de solidão, ocasionado pelo isolamento social, mensurado pela escala de solidão de Barroso et al. (2016); os possíveis adoecimentos psíquicos por meio da escala de depressão, ansiedade e estresse, validada no Brasil por Apóstolo et al. (2006); a verificação das estratégias de defesas pessoais, mensurada pela escala de Resiliência, validada por Hjemdal et al.(2009) e a análise da expectativa do indivíduo pela escala de Esperança de Hertz, validada por Sartorel e Grossi (2008).
Com base nos construtos e nas hipóteses levantadas foram analisadas as afirmativas da escala de solidão UCLA de Barroso et al, (2016), escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (EADs) de Vignola e Tucci, (2014), Escala de Resiliência (RSA) de Hjendal et al (2009) e escala de esperança de Herth de Sartorel e Grossi (2008). Não foram utilizadas todas as afirmativas desses instrumentos, foram elencadas aquelas que possuíam maior fator de explicação pelas estatísticas utilizadas na validação e aquelas cujos significados estivessem em adequação com o contexto do isolamento social.
Foram investigados 966 indivíduos e por meio da modelagem de equações estruturais, foi constatada que a escala atende aos critérios de qualidade, consistência, relevância e predição, podendo ser reaplicada. A análise indicou que quanto maior o sentimento de solidão, maiores serão os níveis de estresse, ansiedade e depressão, durante o isolamento social. E, ainda que, quanto menor o sentimento de solidão, maior será a estratégia de autodefesa do pesquisado e, consequentemente, maior a esperança em relação ao futuro.
APÓSTOLO, J.L.; MENDES, A.C.; AZEREDO, Z.A. Adaptation to portuguese of the Depression, Anxiety and Stress Scales (DASS). Rev Lat Am Enfermagem, v.16, n.6, p. 863-871, 2006. BARROSO, S. M.; ANDRADE, V. S.; MIDGETT, A. H.; CARVALHO, R. G. N. Evidências de validade da Escala Brasileira de Solidão UCLA. Jornal Brasileiro de Psiquiatra, v.1, n.65, p. 68-75, 2016. HERTH, K. Abbreviated instrument to measure hope: development and psychometric evaluation. J Adv Nurs, v.17, n.10, p. 1251-1259, 1992.