Resumo

Título do Artigo

RISCO DE LIQUIDEZ E PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS: EVIDÊNCIAS NO MERCADO ACIONÁRIO BRASILEIRO
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Palavras Chave

Risco de Liquidez
Precificação de Ativos
; Modelo de Cinco Fatores de Fama e French (2015)

Área

Finanças

Tema

Apreçamento de Ativos

Autores

Nome
1 - Gabriel Augusto de Carvalho
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS (CEFET/MG) - Campus II
2 - João Eduardo Ribeiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas
3 - Hudson Fernandes Amaral
Centro Universitário Unihorizontes - MG - Programa de Mestrado Acadêmico em Administração
4 - Juliano Lima Pinheiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas
5 - LAISE FERRAZ CORREIA
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS (CEFET/MG) - Belo Horizonte - Campus II

Reumo

Como afirmam Leite, Klotzle, Pinto e Silva (2018), a maior parte dos estudos sobre precificação de ativos são desenvolvidos no contexto dos mercados desenvolvidos. Percebe-se, portanto, a oportunidade de se contribuir com a literatura em finanças ao explorar a temática do risco de liquidez em economias emergentes, mais especificamente, no mercado de capitais brasileiro.
O objetivo desta pesquisa foi verificar se a liquidez das ações é um fator de risco sistemático precificado no mercado de capitais brasileiro. De modo mais específico, foi testada a inclusão de um fator para o risco de liquidez no modelo de cinco fatores proposto por Fama e French (2015).
Baseado em Amihud e Mendelson (1986), e em suas evidências, diversos estudos foram desenvolvidos com a intenção de testar a relação entre a liquidez de mercado e o retorno de ativos. Por um lado, análises da microestrutura do mercado acionário norte-americano observaram uma relação inversa entre liquidez e retorno. Por outro, estudos que incluíram mercados emergentes em sua amostra não encontraram resultados homogêneos quanto ao sentido da associação entre liquidez e retorno. Dado os resultados divergentes encontrado, a liquidez permanece sendo uma questão aberta no campo das finanças.
A amostra utilizada na construção dos portfólios e, também, dos fatores desse modelo foi composta por 385 ações negociadas na Brasil Bolsa Balcão (B3) entre junho de 1999 e junho de 2017. Além dos fatores do modelo de Fama e French (2015), testou-se a inclusão de um fator de risco de liquidez, o qual foi representado ora pela Iliquidez Ajustada, ora pelo Turnover Padronizado. Os modelos foram estimados de acordo com a metodologia de dois passos de Fama e MacBeth. Para avaliar o desempenho dos modelos do primeiro passo, utilizou-se o teste GRS.
Observou-se por meio das regressões do primeiro passo que a liquidez é um fator precificado pelos investidores no mercado acionário brasileiro, haja vista a melhora do desempenho do modelo de Fama e French (2015) após a inclusão do fator para o risco de liquidez. Ademais, verificou-se, por meio das estimativas da regressão de segundo passo que, apesar de nenhum dos modelos estimados serem capazes de explicar totalmente o excesso de retorno dos portfólios, a adição do fator de risco de liquidez, construído com dados de Turnover Padronizado, melhorou o poder preditivo do modelo de cinco fatores.
Conclui-se, portanto, que a liquidez das ações é um fator de risco sistemático precificado no mercado de capitais brasileiro, ou seja, os investidores demandam um prêmio de liquidez no processo da tomada de decisão de investimento.
Amihud, Y., & Mendelson, H. (1986). Asset pricing and the bid-ask spread. Journal of Financial Economics, 17(2), 223-249. Fama, E. F., & French, K. R. (2015). A five-factor asset pricing model. Journal of Financial Economics, 116(1), 1-22. Fama, E. F., & MacBeth, J. D. (1973). Risk, return, and equilibrium: Empirical tests. Journal of Political Economy, 81(3), 607-636. Leite, A. L., Klotzle, M. C., Pinto, A. C. F., & da Silva, A. F. (2018). Size, value, profitability, and investment: Evidence from emerging markets. Emerging Markets Review, 36, 45-59.