Resumo

Título do Artigo

Efeito da Estrutura de Propriedade em Decisões que Afetam a Mitigação de Emissões de Gases do Efeito Estufa
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Palavras Chave

Mudanças Climáticas
Estrutura de Propriedade
Teoria da Agência

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Gestão Ambiental

Autores

Nome
1 - Victor Daniel Vasconcelos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
2 - Vicente Lima Crisóstomo
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Depto de Contabilidade/Faculdade de Economia
3 - Mônica Cavalcanti Sá de Abreu
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuárias e Contabilidade
4 - Robson Silva Soe Rocha
Århus University - Department of Management

Reumo

As estratégias corporativas de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) cruciais para combater às mudanças climáticas, visto que, as empresas são as maiores fontes de emissões de GEE derivadas de atividades humanas (Cadez et al., 2019). Nesta linha, empresas mobilizam-se em diferentes tipos de respostas estratégicas, conforme as pressões sobre mudanças climáticas, com o objetivo de ter um equilíbrio adequado entre legitimidade e competitividade (Bui & Fowler, 2019). Portanto, espera-se das empresas um papel importante no controle das emissões de GEE (Hossain & Farooque, 2019).
O estudo amplia o debate acerca do efeito da estrutura de propriedade nas ações ambientais, ao examinar a seguinte questão de pesquisa: Em que extensão a estrutura de propriedade influencia decisões que afetam as emissões de gases do efeito estufa? A pesquisa parte do princípio que a estrutura de propriedade é um mecanismo de incentivo às tomadas de decisões que afetam a mitigação dos efeitos de mudanças climáticas.
O impacto de emissões de carbono ocasionadas pela ação humana afeta a sustentabilidade ambiental, segurança humana e a prosperidade econômica (Abreu, 2018). Nesta linha, empresas mobilizam-se em diferentes tipos de respostas estratégicas, conforme as pressões sobre mudanças climáticas, com o objetivo de ter um equilíbrio adequado entre legitimidade e competitividade (Bui & Fowler, 2019). Dentro deste cenário, fatores como, percentual de ações nas mãos dos diretores executivos, investidores institucionais e de investidores ativistas podem influenciar nas decisões de redução de emissões de GEE.
Analisou-se a estrutura de propriedade de 52 empresas não financeiras com 321 observações anuais, dispostas em um painel desbalanceado no período de 2010 a 2018, foram processadas estimações por dados em painel de efeitos aleatórios e como variável dependente utilizou-se o logaritmo natural da razão entre emissões de GEE e receita bruta e as variáveis independentes foram percentual de ações nas mãos de diretores executivos, percentual de ações nas mãos de investidores institucionais e percentual de ações nas mãos de investidores ativistas.
Os resultados indicam uma relação negativa e significante entre um maior percentual de ações nas mãos de investidores institucionais e emissões de GEE. A pesquisa confirma também que um maior percentual de ações nas mãos de diretores executivos e um maior percentual de ações nas mãos de investidores ativistas não influenciam na mitigação de emissões de GEE. Além disso, existe uma relação positiva e significante entre idade das empresas e emissões de GEE e uma relação não significante entre oportunidade de crescimento, rentabilidade, endividamento e o tamanho das empresas e emissões de GEE.
O trabalho analisou a influência da estrutura de propriedade nas decisões que afetam a mitigação de emissões de GEE. No campo teórico e empírico, o trabalho agrega a discussão de estratégias climáticas e estrutura de propriedade. No que tange às limitações, nota-se que poucas empresas realizam o inventário de emissões de GEE e menor ainda é o número de quem mensura suas emissões indiretas nos escopos 2 e 3, a partir disto, sugere-se que pesquisas futuras incorporem informações dos escopos 2 e 3 e pode ser interessante o estudo em outros países com contextos institucionais diferentes.
Chen, T., Dong, H., & Lin, C. (2020). Institutional shareholders and corporate social responsibility. Journal of Financial Economics, 135(2), 483–504. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/j.jfineco.2019.06.007 Daddi, T., Bleischwitz, R., Todaro, N. M., Gusmerotti, N. M., & De Giacomo, M. R. (2020). The influence of institutional pressures on climate mitigation and adaptation strategies. Journal of Cleaner Production, 244, 118879. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2019.118879