Resumo

Título do Artigo

Efeitos dos Fatores Individuais e Contextuais na Qualidade da Auditoria Interna Moderados pela Inteligência Emocional
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Palavras Chave

Pressão do Orçamento Tempo
Recurso do Trabalho
Ceticismo

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Cristiane Alves da Silva Moura
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - ESAN - Campo Grande - MS
2 - EDICREIA ANDRADE DOS SANTOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Departamento de Ciências Contábeis
3 - Luiz Miguel Renda dos Santos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - ESAN

Reumo

Diante das diferentes funções e perspectivas geradas em torno da auditoria nos últimos anos, a existência de normativos para balizar essa atividade por si só pode não ser suficiente. Além do olhar técnico, entender o papel do auditor, diante da necessidade de possuir pensamento crítico, ceticismo profissional e habilidades técnicas, torna-se imprescindível compreender que existem fatores (relacionados ao contexto e ao indivíduo) que podem afetar a qualidade da auditoria, e a gestão desses fatores se faz importante. Além deles faz-se importante Inteligência Emocional para gestão das emoções.
Esta pesquisa buscou verificar quais os efeitos dos fatores individuais (ceticismo profissional e experiência do auditor) e contextuais (recursos de trabalho e pressão do orçamento tempo) na qualidade da auditoria moderados pela Inteligência Emocional? Assim, teve como objetivo analisar quais os efeitos dos fatores individuais e fatores contextuais qualidade da auditoria interna moderados pela inteligência emocional com base em 93 auditores internos das instituições públicas de ensino federal.
A partir da concepção de Salovey e Mayer (1990) e suas definições sobre gerenciamento de emoções pessoais e alheias, surgiram diversos enfoques acerca da qualidade da auditoria mediada pela inteligência emocional. Dessa forma, como fundamentos para os critérios de análise, tem-se os fatores individuais como ceticismo e experiência dos auditores, o fator contextual recursos de trabalho abordado (Bakker et al., 2007), e o fator contextual pressão do orçamento (Broberg et al., 2017). Nesse contexto, também há a proposta de moderação destes fatores pela inteligência emocional.
Esta pesquisa é descritiva com abordagem quantitativa, operacionalizada a partir de um instrumento de pesquisa composto por 42 questões com escala Likert de 7 pontos. Foi respondida por 93 auditores internos de Instituições Federais de Ensino do Brasil entre o período de abril e maio de 2020. Para sua elaboração, foram adotados procedimentos de back-translation, pré-teste, além da aprovação pelo Comitê de ética de uma Universidade Federal. Para testar as hipóteses foi adotada a estatística descritiva e a Modelagem de Equações Estruturais (MEE).
Os resultados evidenciaram que os fatores individuais (ceticismo profissional e experiência) afetam positivamente e de maneira significativa a qualidade da auditoria. Os recursos de trabalhos, investigados na pesquisa, apesar de considerados importantes, não influenciam de maneira significativa a qualidade da auditoria e por seu turno a pressão do orçamento tempo afeta significativamente a qualidade da auditoria, mas de maneira positiva. Em relação as hipóteses da moderação da inteligência emocional nos fatores individuais e fatores contextuais não foram suportadas .
Os resultados evidenciaram a importância dos fatores individuais na melhoria da qualidade da auditoria. Esse foi o caso do ceticismo profissional e da experiência dos auditores, que são fatores que corroboram para a identificação eficaz e eficiente de fatores de risco e detecção de erros, além da compreensão das falhas e causas com precisão. Foi observado, ainda, que os recursos de trabalhos não influenciam de maneira significativa a qualidade da auditoria, mas que a pressão do orçamento-tempo afeta significativamente e de maneira positiva.
Alzeban, A., & Gwilliam, D. (2014). Factors affecting the internal audit effectiveness: A survey of the Saudi public sector. Journal of International Accounting, Auditing and Taxation, 23(2), 74-86. Bakker, A. B., Hakanen, J. J., Demerouti, E., & Xanthopoulou, D. (2007). Job resources boost work engagement, particularly when job demands are high. Journal of educational psychology, 99(2), 274 Salovey, P., & Mayer, J. D. (1990). Emotional intelligence. Imagination, cognition and personality, 9(3), 185-211.