Resumo

Título do Artigo

O PAPEL DA COMPETÊNCIA POLÍTICA NO PROCESSO DE AUTOGESTÃO DE CARREIRA: UM ESTUDO QUALITATIVO
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Palavras Chave

autogestão de carreira
competência política
modelos de carreira

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Carreiras e Competências

Autores

Nome
1 - Iraide Ancelmo Bonfim Pita
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUCSP) - FEA/PUC (Campus Monte Alegre)
2 - Leonardo Nelmi Trevisan
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUCSP) - FEA PUC/SP
3 - Elza Fátima Rosa Veloso
FACULDADE FIA DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS (FFIA) - Mestrado Profissional em Gestão de Negócios

Reumo

Para dar conta das mudanças no mercado de trabalho, todos os profissionais – independentemente de nível de qualificação – deverão passar por um processo de requalificação. Neste contexto, a autogestão de carreira e a competência política, podem ser consideradas respostas chave para o sucesso individual e organizacional. Melhorar a habilidade política pode ajudar no processo de autogestão de carreira e consequentemente na melhoria do desempenho no trabalho de pessoas que atuam em grandes ou pequenas equipes, na indústria ou no varejo, liderando ou servindo.
A competência política é relevante nos processos de autogestão de carreira? O objetivo geral foi analisar a competência política e sua relação com o processo de autogestão de carreira. Os objetivos específicos foram, (1) identificar se indivíduos em busca de autodesenvolvimento profissional se consideram politicamente competentes, (2) verificar a importância da inclusão da competência política nos programas de autogestão de carreira e (3) avaliar se a inclusão da competência política na agenda de discussões sobre autogestão de carreira independe de nível hierárquico.
No Brasil, o conceito de autogestão de carreira ainda é mais associado à constatação do fato da carreira ter se tornado um “empreendimento individual”, à medida que coloca o indivíduo como responsável pela autogestão do seu desempenho. (FONTENELLE, 2007). Porém, pesquisas revelam (PFEFFER, 2013; FERRIS et al., 2005 e KING, 2004) que o desempenho no trabalho não é o único fator determinante para o sucesso na carreira e apresentam a competência política como fator relevante para a sobrevivência organizacional e para o alcance de melhores resultados.
Nesta pesquisa foi utilizada análise qualitativa. Para tratar os dados obtidos nas entrevistas foi realizada análise de conteúdo, com auxílio do software ATLAS.ti versão 7. O uso da codificação, da criação de um protocolo de entrevista e a atenção às categorias de análise e interconexões apresentadas no relato dos entrevistados, foram fundamentais na busca de alcançar rigor científico. A análise de conteúdo contribuiu para construir conhecimento a partir dos termos utilizados pelo locutor, sua frequência, seu modo de disposição e forma como seu discurso foi construído.
A principal descoberta da pesquisa, foi alcançada a partir das reflexões dos resultados, bem como da análise entre os diferentes modelos de planejamento de carreira pesquisados. Neste processo, foi possível encontrar oportunidades para o desenvolvimento de um novo modelo conceitual de autogestão de carreira. Dispostas em um modelo cíclico, as oito fases do modelo proposto, levam em consideração as constantes mudanças no contexto do trabalho, de modo que, ajustes e incrementos de carreira sejam feitos de modo recorrente pelo profissional.
A construção de alianças e de redes de relacionamento, contribuem para potencializar os resultados de carreira. Para isto, a habilidade em lidar com conflitos de interesse, de modo que inspire confiança entre os pares, é fundamental. Além de contribuir para a viabilização de projetos profissionais, a competência política pode ajudar na sustentação do projeto ao longo do tempo. Daí a importância de que a competência política seja incluída na agenda de discussões sobre autogestão de carreira, independentemente de nível hierárquico.
FERRIS, Gerald R., TREADWAY, Darren C., KOLODINSKY, Robert W., HOCHWARTER, Wayne A., KACMAR, Charles J., DOUGLAS, Cesar, FRINK, Dwight D. Development and validation of the political skill inventory. Journal of Management – J MANAGE. 31(1), 126-152, 2005. FONTENELLE, Isleide A. A auto-gestão de carreira chega à escola de administração: o humano se tornou capital?. Organ. Soc., Salvador , v. 14, n. 43, p. 71-89, Dec. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-92302007000400004&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 24 jul. 2019.