Resumo

Título do Artigo

PERSISTÊNCIA DAS PMEs BRASILEIRAS NA EXPORTAÇÃO: UMA ANÁLISE DOS FATORES INTERNOS E EXTERNOS DE ESTÍMULO
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Palavras Chave

Fatores de Estímulos às Exportações
Internacionalização de Empresas
Exportações

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Internacional e Globalização

Autores

Nome
1 - Edmilson Milan
Universidade do Vale do Taquari - Univates - Centro Gestão Organizacional
2 - Marcelo André Machado
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - Programa Profissional em Gestão e Negócios, Mestrado e Doutorado

Reumo

A atividade exportadora é considerada uma válvula propulsora para o desenvolvimento econômico e social de um país. A atividade exportadora de pequenas e médias empresas (PMEs) tem sido internacionalmente estudada há décadas e muitos fatores internos e externos de estímulo associados a esse tipo de organização foram identificados. Contudo, para PMEs de um país emergente com grande mercado interno, ainda há lacunas que precisam ser exploradas para se compreender melhor a persistência de PMEs na exportação.
Apesar das vantagens inerentes às exportações, poucas empresas persistem com a atividade exportadora. Como exemplo, em 2006, 363 empresas gaúchas iniciaram suas atividades exportadoras, independentemente do porte e do setor de atuação. Ao final dos 11 anos subsequentes, de 2007 a 2017, somente 35 destas 363 empresas mantiveram suas exportações com pelo menos um embarque anual com destino ao exterior. o presente estudo procurou investigar como os fatores internos e externos interferem na persistência das PMEs gaúchas na atividade exportadora.
Leonidou et al. (2007) realizaram um levantamento de 32 estudos empíricos conduzidos durante o período de 1974 a 2005. Como resultado, os autores apontaram 40 diferentes tipos de estímulos às exportações que foram consolidados em 13 direcionadores, classificados de acordo com o seu impacto agregado. Francioni et al. (2016) realizaram uma revisão sistemática dos principais estudos publicados sobre estímulos às exportações de PMEs. O estudo utilizou a classificação dos fatores de estímulos destes autores, levando em consideração as peculiaridades dos países emergentes.
O contexto pesquisado foram 14 PMEs gaúchas que mantiveram exportações ininterruptas no período de 2003 a 2017, usando uma abordagem metodológica mista quali-quanti, denominada Análise Qualitativa Comparativa (QCA).
O resultado apresentado indicou que a combinação das variáveis recursos humanos, financeiro, inovação e marketing estão presentes em 73 % dos casos para o construto fatores internos de estímulos às exportações. O resultado apresentado indicou que a combinação das variáveis mercado externo, governo doméstico, competição e clientes estão presentes em 50% dos casos para o construto fatores externos de estímulos às exportações.
A pesquisa demonstrou que a efetiva concertação das áreas internas de uma PME, além de reduzir a incidência de barreiras internas, atua como um potencial fator de estímulo às exportações. reatividade, com destaque para os fatores internos às exportações: compromisso com as exportações, por parte dos administradores, é determinante para a atividade exportadora das PMEs; as exportações são um fator potencial para crescimento do faturamento, lucros e tamanho (porte) de suas PMEs; e a disponibilidade de um produto com qualidade superior/ característica única é fator motivador de suas exportações.
FRANCIONI, B.et al. Drivers of SMEs’ exporting activity: A review and research agenda. Multinational Business Review, v. 24, n.3, p. 194-215, 2016. GIL-BARRAGAN, J.M.; PALACIOS-CHACON, L.A. Export Intensity of SMEs from emerging markets: a configurational Analysis. Journal of Ecomomics ans Economic Education Research, v.19, n.3, p.1-15, 2018. LEONIDOU, L. C. et al. An analytical review of the factors stimulating smaller firms to export: Implications for policy-makers. International Marketing Review, v.24, n.6, p. 735-770, 2007.