Resumo

Título do Artigo

EMISSÕES DE GASES EFEITO ESTUFA NA PRODUÇÃO DE COFFEA CANEPHORA
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Palavras Chave

Produção de café
Café Conilon
Sistemas de produção sustentáveis

Área

Agribusiness

Tema

Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Fúlvio Antas Gibello
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras-MG
2 - Jaqueline Severino da Costa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
3 - Luiz Gonzaga de Castro Junior
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Gestão Agroindustrial
4 - Nilmar Diogo dos Reis
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
5 - Clandio Favarini Ruviaro
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS (UFGD) - FACE

Reumo

A cafeicultura é um dos mais importantes ramo do agronegócio brasileiro e acordo com o (MAPA, 2019), em 2017, o país foi o maior produtor e exportador de café e segundo maior consumidor da bebida no mundo. As culturas agrícolas, de modo geral, emitem Gases Efeito Estufa (GEE) para atmosfera, como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), através de atividades como, por exemplo: queima de combustíveis fósseis, desmatamento, reuso de fertilizantes sintéticos. Portanto, reduzir os efeitos das mudanças climáticas implica também, reduzir as emissões de GEE.
Assim, a questão suscitada por este estudo é: a elaboração de inventários de GEE faz-se necessária em todos os sistemas produtivos agrícolas, especialmente devido à importância da cafeicultura na economia brasileira e mundial? Desta maneira, esta pesquisa buscará responder tal qual analisando as técnicas de produção e manejo mais eficientes, para tornar a cadeia produtiva mais sustentável em todo o ciclo do produto. Desta maneira, este estudo tem como objetivo estimar as emissões de GEE na produção de Coffea Canephora (Conilon).
As exportações de café verde e industrializado, além de propiciar divisas ao país, possui consequências na indução do produto interno bruto (PIB) e na contratação de mão-de-obra (SARAIVA et al., 2017). A área total plantada no país com café (Arábica e Conilon) alcançou, em 2019, 2,13 milhões hectares, 1,2% (CONAB, 2019). A cafeicultura, assim como qualquer outra cultura agrícola, emite GEE como CO2, CH4 e N2O (MAINA et al.; 2015) e Atingir a meta de restrição no aumento da temperatura em 2ºC e minimizar os efeitos dessas mudanças climáticas passam por menor redução nas emissões de GEE.
A metodologia utilizada para a coleta de dados foi a de Painel. Este método consiste em reuniões com proprietários pequenos, médios e grandes, em que disponibilizam informações sobre mão de obra e manejo da lavoura. Optou-se em avaliar a categoria Potencial de Aquecimento Global (GWP) consistindo na soma de todos os GEE emitidos (CO2, CH4 e N2O) convertido para o equivalente em kg de CO2 (CO2e) por saca de 60 kg e foi utilizado o Potencial de Aquecimento Global (GWP) por 100 anos segundo os horizontes temporais temporais do Relatório de Avaliação 5 (AR5) do IPCC.
As emissões de kg de CO2/SC de Coffea Canephora foram de 42,18 kgCO2e/sc em Itabela-BA, 35,82 kgCO2e/sc para Jaguaré-ES e 30,49 kgCO2e/sc em Cacoal/RO. Em relação à emissão de CO2e nas regiões estudadas, no ano de 2018 a região sudeste teve a maior contribuição, com 0,34 milhões de toneladas, seguida pela região Nordeste, com 0,11 milhões de toneladas e, por fim, a região Norte, com 0,06 milhões de toneladas. Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e São Paulo são os estados brasileiros que mais emitem GEE, cerca de 70% das emissões nacional.
Concluiu-se que as maiores emissões de CO2/sc de Coffea Canephora ocorreram em Itabela-BA. A região sudeste é a maior emissora de GEE e em relação ao manejo, a aplicação de fertilizantes nitrogenados sintéticos é a principal fonte de GEE na cafeicultura, representando, em média, 50% das emissões totais. A diferença entre a proporção e fontes de emissão de GEE entre as três regiões estudadas pode ser explicada pelas diferenças nas características químicas do solo, nível técnico do produtor, características climáticas, relevo, entre outros fatores.
FLORINDO, T. J., et al. (2017). Carbon footprint and Life Cycle Costing of beef cattle in the Brazilian midwest. Journal of Cleaner Production, 147, 119-129. VENTURELI, I., Patto, G. J., Beli, E., & Mandelli, I. (2016). Comparação de custos entre colheita mecanizada e semi-mecanizada de café: Um estudo de caso em uma propriedade no município de Andradas–MG. Revista de Administração, 16(20), 93-104. BESEN, M. R. (2015). Influência de fontes de nitrogênio no fluxo de gases e na produtividade do milho e do trigo em sistema de plantio direto.