Resumo

Título do Artigo

Inovação na Educação Superior: um discurso vazio de significado
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Palavras Chave

Inovação Educação Superior
Inovação
Revisão sistemática da literatura

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Experiências no ensino-aprendizagem

Autores

Nome
1 - Claudia Cristiane dos Santos Silva
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - São Paulo
2 - Manolita Correia Lima
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - PMDGI - São Paulo

Reumo

O fenômeno inovação não é novo, é sistêmico e portanto, complexo. A prática inovativa operada no sentido de buscar soluções para os problemas parece ser intrínseca ao desenvolvimento da humanidade. Visto pelo prisma da economia, a introdução de um novo produto ou processo pode significar a sobrevivência de uma empresa. Esta lógica repercute sobre o campo da Educação, particularmente sobre a Educação Superior. Investigar este fenômeno no âmbito da Educação Superior pressupõe conhecer o arcabouço conceitual utilizado por esta área
Na Educação superior, recorrentemente distintas práticas são qualificadas como inovações. Mas, o que necessariamente se constitui em inovações nesta área? Quais são os conceitos de inovação utilizados pelos pesquisadores? Investigar este fenômeno no âmbito da Educação Superior pressupõe conhecer o arcabouço conceitual utilizado por esta área. Na busca por respostas para estas perguntas, os autores deste estudo investiram tempo para realizar uma revisão sistemática da literatura, seguida de análise de conteúdo.
Associa-se à inovação enunciados como: (a) a inovação introduz novidade na esfera econômica e ou social; (b) antecipa-se às demandas econômicas e ou sociais (c) conduz a mudanças estruturais na produção, eventualmente, a mudanças organizacionais e institucionais; (d) pressupõe a capacidade de empreender (implementar) novas ideias; (e) constitui-se em fator explicativo subjacente às diferenças de desempenho entre empresas, regiões e países SCHUMPETER (1997); FAGERBERG (2004).
Os autores dos artigos analisados não definem o conceito de inovação que suportam as pesquisas realizadas. Contudo, revelam ações que consideram inovações ou condições para que estas tenham mais chances de ocorrer. Na perspectiva da análise de conteúdo, estas ações foram agrupadas em categorias temáticas emergentes a partir do corpus que compõe esta revisão. Assim, seguiu-se a lógica da classificação de elementos convergentes que constituíram o conjunto de artigos, diferenciados e posteriormente condensados em três categorias (BARDIN, 1977).
A complexidade dos fatores que envolvem o fenômeno da inovação e a nebulosa compreensão acerca de suas múltiplas facetas no que tange a Educação Superior, ainda há muito a ser explorado. Entretanto, torna-se pertinente não perder de vista que a inovação na Educação Superior necessita ultrapassar a narrativa que qualifica mudanças pedagógicas e uso da tecnologia como inovação. Destaca-se a relevância de estabelecer o conceito de inovação na Educação Superior a fim de que se possa construir uma teoria, sob pena de continuar reforçando a retórica da inovação como fenômeno e não como uma prática.
BARDIN, L. Análise do discurso. Lisboa: Edições, v. 70, 1977. GAUR, A.; KUMAR, M. A systematic approach to conducting review studies: An assessment of content analysis in 25 years of IB research. Journal of World Business, v. 53, n. 2, p. 280-289, 2018. FAGERBERG, J. Innovation. A Guide to the Literature: 1-26. The Oxford Handbook of Innovation. Oxford: Oxford Handbooks, 2004. TIERNEY, W. G.; LANFORD, M. Conceptualizing innovation in higher education. In: (Ed.). Higher education: Handbook of theory and research: Springer, 2016. p.1-40.