Resumo

Título do Artigo

CONSUMO COLABORATIVO COMO TEMÁTICA DE INVESTIGAÇÃO: novas agendas de pesquisa a partir da análise da estrutura conceitual e das conexões entre seus elementos
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Palavras Chave

Economia Compartilhada
Consumo Colaborativo
Comportamento do Consumidor

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Estratégia e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - JESSIKA NARJARA SILVA DANTAS GARRIDO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG) - Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade
2 - Verônica Macário de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG) - Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade
3 - Armindo dos Santos de Sousa Teodósio
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS (PUC MINAS) - Programa de Pós-Graduação em Administração

Reumo

Não há consenso na literatura sobre os impactos que a atividade de consumo colaborativo pode gerar na sociedade e no mercado e nem mesmo sobre a própria definição do que se configura ou não como consumo colaborativo. Assim, a partir das diversas possibilidades de enquadramentos, constata-se que o tema ainda é embrionário enquanto campo de pesquisa e necessita de avanços teóricos e empíricos. Cabe ressaltar a sua relevância para a pesquisa científica, considerando seu potencial de crescimento (Barnes & Mattsson, 2016; Malhotra & Van Alstyne, 2014) e seus impactos na economia e na sociedade.
Diante dos paradoxos e controvérsias encontrados nas pesquisas sobre o tema, a fim de fortalecer as discussões sobre consumo colaborativo, emergiu a problemática da pesquisa: Qual a estrutura conceitual do consumo colaborativo com base em uma revisão da literatura? Assim, este estudo teve como objetivo analisar a estrutura conceitual do consumo colaborativo como tema relevante no campo do conhecimento científico voltado aos estudos sobre consumo, com auxílio do software Interface de R pour Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionneires (Iramuteq).
O foco deste estudo está nas atividades relacionadas ao consumo colaborativo definido a partir de práticas que possibilitam o acesso temporário a ativos que podem ser intangíveis (tais como música, espaço e passeios, entre outros) ou tangíveis (por exemplo, utensílios domésticos, roupas e móveis) (Kim & Jin, 2019), ao invés da posse (Barnes & Mattsson, 2016; Botsman & Rogers, 2011). Baseia-se em ideias de compartilhamento de recursos focados na redução da sua capacidade ociosa e na utilização de bens até o final de sua vida útil (Botsman & Rogers, 2011).
Os resultados apontam que os principais elementos que consubstanciam as principais temáticas da estrutura conceitual de consumo colaborativo foram: as delimitações teóricas do consumo colaborativo que remetem aos tipos de práticas de consumo colaborativo e as relações envolvidas tanto em termos de práticas quanto de atores; a delimitação do lócus do consumo colaborativo com foco nos modelos de negócios em consumo colaborativo; e os fatores determinantes do comportamento do consumidor.
Ao analisar a estrutura conceitual do consumo colaborativo, a partir deste estudo bibliométrico, contatou-se que ele se apresenta como promissor modelo econômico e prática social que intervém diretamente no estilo de vida dos consumidores, bem como na forma como as empresas oferecem seus produtos e serviços. Ainda, diante das discussões sobre sustentabilidade e a necessidade de rever os padrões de produção e consumo como um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), o consumo colaborativo se apresenta como uma alternativa sustentável para os negócios e da economia.
Bardhi, F., & Eckhardt, G. M. (2012). Access-Based Consumption: The Case of Car Sharing. Journal of Consumer Research, 39(4), 881–898. Belk, R. (2014a). You are what you can access: Sharing and collaborative consumption online. Journal of Business Research, 67(8), 1595–1600. Botsman, R., & Rogers, R. (2011). O que é meu é seu: Como o consumo colaborativo vai mudar o nosso mundo. Bookman Editora. Hamari, J., Sjoklint, M., & Ukkonen, A. (2016). The sharing economy: Why people participate in collaborative consumption. Journal of the Association for Information Science and Technology, 2047–2059.