Resumo

Título do Artigo

BRAINSTORMING EM GRUPO COMO TÉCNICA DE IDEAÇÃO A FIM DE PROSPECTAR PRODUTOS DIFERENCIADOS A BASE DE FRUTAS DA MATA ATLÂNTICA
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Palavras Chave

Osborn
inovação
alimentos

Área

Agribusiness

Tema

Inovação e Tecnologia

Autores

Nome
1 - Paula Porrelli Moreira da Silva
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Dep. Agroindústria, Alimentos e Nutrição
2 - Enise Aragão dos Santos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR) - São Carlos
3 - Raquel Silveira Ramos Almeida
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição

Reumo

A Mata Atlântica é berço de muitas frutas com elevado potencial nutricional, que são insuficientemente exploradas. Para promover o seu cultivo e consumo incentiva-se o desenvolvimento de produtos inovadores à base daquelas frutas. Para tanto, a inovação de produtos está relacionada à essa temática, uma vez que aborda o desenvolvimento de produtos inéditos ou o melhoramento dos existentes. Assim, a ferramenta de ideação brainstorming em grupo torna-se interessante, em que se deve criar o maior número de ideias possíveis; não fazer julgamento das ideias; encorajar as ousadas e ser colaborativo.
O cultivo dessas frutas é importante para o reflorestamento. A análise do seu potencial e o desenvolvimento de produtos inovadores à base delas aumentará seu valor agregado, com consequente alcance de novos mercados. Nesse tocante, a ideação é interessante no desenvolvimento de novos produtos. Uma das técnicas mais conhecidas é o brainstorming, que é realizado em grupo e visa estimular a geração de um grande número de ideias em um período curto. Este trabalho objetivou a aplicação do brainstorming em grupo para prospectar produtos diferenciados à base de frutas da Mata Atlântica.
O brainstorming em grupo foi criado por Osborn (1953), em que na sessão deve participar equipe multidisciplinar, facilitador e assistente. A equipe contribui com o maior número possível de ideias, que podem ser originais ou baseadas nas geradas. Há quatro regras básicas para a sua execução: a ênfase se dá na quantidade de ideias geradas e não na sua qualidade; o julgamento ou a crítica de ideias deve ser evitado; são encorajadas contribuições com ideias ousadas; e colaboração entre a equipe, podendo-se combinar, adaptar, desmembrar ou transformar as ideias.
A sessão teve duração de 3 horas e equipe composta por nove indivíduos, facilitador, cliente e assistentes (Osborn, 1957). No cenário havia objetos e alimentos relacionados ao tema e materiais para exteriorização das ideias. A sessão ocorreu em etapas: apresentação do problema, jogos de ideação, seleção e agrupamento das ideias e elaboração de plano básico de trabalho. Os critérios de seleção de ideias de possíveis produtos foram: grau de inovação, relevância para o consumidor e viabilidade técnica. Foi elaborado um plano básico de trabalho de implementação com três grupos de ideias.
A sessão de brainstorming em grupo, em 3 horas, forneceu total de 99 ideias de produtos diferenciados à base de frutas da Mata Atlântica. As ideias criadas foram discutidas pela equipe, em que foram agrupadas as semelhantes (convergência), com posterior formação e definição de oito grupos. Após a avaliação quanto aos critérios propostos pelo cliente, ocorreu rearranjo em três grupos (Matérias-primas, frutas secas e similares; Bebidas e Sobremesas), com trinta ideias no total. Essas ideias compuseram o plano básico de trabalho, para as quais se elencaram os pontos positivos e as barreiras.
Obteve-se sucesso na atividade dado o volume expressivo de ideias geradas em curto período, além da elaboração do plano de trabalho para três grupos de ideias prioritárias. Dentre as ideias selecionadas, várias se tornarão objeto de pesquisa e desenvolvimento de produtos dentro da ESALQ/USP. Os participantes compreenderam as regras de Osborn, o que foi fundamental para o êxito da sessão.
BESANT, H. The journey of brainstorming. Journal of Transformational Innovation, v.2, n. 1, p. 1-7, 2016. OSBORN, A.F. Applied imagination (rev. ed.). New York: Scribner, p. 379, 1957. PEREIRA, M.C.; STEFFENS, R.S.; JABLONSKI, A.; HERTZ, P.F. et al. Characterization and Antioxidant Potential of Brazilian Fruits from the Myrtaceae Family. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.60, n. 12, p. 3061-3067, Mar 2012.