Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco
Autores
Nome
1 - HAMILCAR VAZ DO VALE UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - PPGADM
2 - Gleycianne Rodrigues Araújo PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ (PUCPR) - PPAD - Programa de Pós-graduação em Administração
3 - Indira Gandhi Bezerra de Sousa UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Campus Botânico
4 - Fernando Antonio Prado Gimenez UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Departamento de Administração Geral e Aplicada
Reumo
O ET abrange a sobreposição entre tecnologia, inovação e empreendedorismo e ocorre quando um avanço na ciência, tal como a criação de uma inovação, se torna uma oportunidade para alcançar novos negócios ou mercados. Essa inovação, quando comercializada, impacta diversas áreas da sociedade e favorece outros negócios o que reflete no desenvolvimento econômico de regiões. Esse tipo específico de empreendedorismo tem despertado a atenção da academia, de legisladores e de praticantes. Não obstante, enquanto campo teórico, é visto como emergente e destituído de estudos sistemáticos.
O objetivo deste trabalho foi estruturar um panorama de estudos em Empreendedorismo Tecnológico publicados no Brasil por meio de uma revisão sistemática. As bases de dados utilizadas foram Scielo, Spell e Google Scholar. Inicialmente, identificou-se o comportamento do campo entre 2000 e 2016, abrangendo periódicos mais expressivos e aspectos metodológicos predominantes, entre outras informações. Na sequência, realizou-se uma análise reflexiva dos artigos, separando-os em seis temáticas: inovação, transferência de tecnologia, desenvolvimento da empresa, capital de risco, ecossistema e ensino.
O ET utiliza de modo intrínseco a ciência e/ou tecnologia como elementos principais para a criação de mercados e exploração de oportunidades, envolvendo em seu cerne o empreendedor, a inovação tecnológica, a transferência de tecnologia, dentre outros. Explora também a relação entre pesquisadores e empreendedores, mas investiga sobretudo como ocorre a criação de empresas que dependem explicitamente da ciência e dos processos de aprendizagem e de pesquisa, para poderem operacionalizar seus produtos ou serviços, no qual a criação de valor ao cliente é gerada a partir da tecnologia oferecida.
Observou-se que o campo ainda se encontra pouco explorado, com pequeno número de autores e periódicos que publicaram mais de um artigo. Nos aspectos metodológicos, predominaram estudos de natureza empírica, abordagem qualitativa e estudos de caso, sendo que a entrevista foi a técnica mais usada de coleta de dados. A temática com maior expressividade foi a de inovação.
Foi possível reconhecer que o ET é dependente de uma forte relação entre empresas, universidades e governo. Especialmente a integração entre empresas e universidades suporta e alimenta uma dinâmica de criação de inovações que influenciam e alavancam a economia e o desenvolvimento social. Já o governo se mostra bastante necessário na criação e manutenção de ecossistemas que fomentem o ET. São recomendadas novas pesquisas que investiguem o tema no contexto brasileiro e exemplifiquem os modelos de negócios adotados e os desafios enfrentados.