Resumo

Título do Artigo

Análise da Vantagem Competitiva das Instituições de Ensino Superior de Capital Aberto
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Palavras Chave

vantagem competitiva
visão baseada em recursos
Instituições de ensino superior

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva Baseada em Recursos

Autores

Nome
1 - Sheila Patrícia Ramos Beckhauser
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Campus 1
2 - Rafaele Matte Wojahn
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis - PPGCC
3 - IARA REGINA DOS SANTOS PARISOTTO
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis e Administração

Reumo

As instituições de ensino superior (IES) brasileiras, a exemplo de outras organizações, têm enfrentado constantes desafios provocados por mudanças no ambiente. Este contexto caracteriza-se por elevada competição, respostas lentas às demandas externas, grande ênfase no ensino de graduação, busca pela melhoria da qualidade do ensino, baixa produtividade acadêmico-científica e foco na eficiência organizacional. Assim, a área acadêmica tem sido um foco muito rico de ações estratégicas relevantes (MEYER; PASCUCCI; MAGOLIN, 2012).
Carvalho (2013) afirma que as novas estratégias de acumulação de capital no setor educacional, por meio do mercado de capitais, fazem parte das transformações ocorridas no mercado financeiro mundial. Assim, a geração de valor é fator fundamental para a satisfação dos acionistas e elemento de medida indispensável para atrair novos investidores. Deste modo, o estudo tem como objetivo analisar, por meio de medidas contábeis, a vantagem competitiva de Instituições de Ensino Superior de capital aberto.
Uma organização possui vantagem competitiva quando é capaz de gerar maior valor econômico do que suas concorrentes e rivais. O valor econômico corresponde a diferença entre os benefícios percebidos na compra produtos ou serviços de uma empresa e o custo econômico total desses produtos ou serviços (BARNEY; HESTERLY, 2007). Para alguns IES privadas, a decisão de abrirem capital na bolsa de valores não se aplica somente à oportunidade de multiplicar o lucro, mas são também uma estratégia para viabilizar a governança, profissionalizando a sua gestão (SAMPAIO, 2011).
O trabalho caracteriza-se como descritivo quanto aos seus objetivos e quali-quanti quanto a abordagem. Os dados utilizados para análise foram extraídos de fontes secundárias disponíveis na base Economática®. A pesquisa também tem caráter longitudinal, uma vez que os dados coletados compreendem um espaço temporal de cinco anos (2012-2016).
A análise da vantagem competitiva, via dados financeiros, realizado ano a ano, mostra heterogeneidade quanto a liderança das instituições. A alternância na liderança é resultado de diversas ações tomadas pelas instituições. Ações estas que podem ser melhor compreendidas por meio de suas principais ações ao longo do tempo. Este resultado mostra, também, que nenhuma instituição lidera absoluta no setor e que a concorrência é acirrada, reforçando a afirmação de Meyer, Pascucci e Mangolin (2012) de que as IES brasileiras têm enfrentado constantes desafios provocados por mudanças no ambiente.
A estratégia claramente utilizada pelas três primeiras colocadas no ranking geral, Ser Educa, Estácio e Kroton, caracteriza-se pela expansão por meio de aquisições e captação de recursos por meio do mercado de ações. O foco principal, nestes casos, são a lucratividade e a eficiência. Para tanto destacam-se a gestão profissionalizada, a padronização e o foco no ensino a distância como as principais estratégias adotadas nos últimos anos.
BARNEY, Jay B.; HESTERLY, William S. Administração estratégica e vantagem competitiva. Pearson Prentice Hall, 2007. MEYER JR, Victor; PASCUCCI, Lucilaine; MANGOLIN, Lúcia. Gestão estratégica: um exame de práticas em universidades privadas. Revista de Administração Pública-RAP, v. 46, n. 1, 2012. MAINARDES, Emerson Wagner; MIRANDA, Cristina Schmitt; CORREIA, Carlos Henrique. A gestão estratégica de instituições de ensino superior: um estudo multicaso. Contextus-Revista Contemporânea de Economia e Gestão, v. 9, n. 1, p. 19-32, 2011.