Resumo

Título do Artigo

A HIPERMÍDIA COMO VIABILIZAÇÃO DA ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL: PROPOSTAS DE UM MODELO DE AÇÃO PARA A PRODUÇÃO DE CONTEÚDO JORNALÍSTICO NO IFSULDEMINAS
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Palavras Chave

Hipermídia
Ética
IFSULDEMINAS

Área

Artigos Aplicados

Tema

Administração Pública

Autores

Nome
1 - José Valmei Bueno
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Sul de Minas Gerais - Campus Inconfidentes
2 - Maria Cristina Comunian Ferraz
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR) - Departamento de Administração - Campus Sorocaba
3 - Rodrigo Eduardo Botelho Francisco
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Departamento de Ciência e Gestão da Informação

Reumo

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais foi criado em 2008. No serviço público, há o desafio de manter uma comunicação eficiente com o público por meio da Internet, especialmente a partir da linguagem das informações jornalísticas. Esta plataforma está sujeita à vertiginosa influência das hipermídias. A observação crítica deste cenário conduz à questão norteadora desta pesquisa: Como aprimorar a gestão da comunicação no IFSULDEMINAS visando garantir os princípios éticos do serviço público federal na disseminação de conteúdo jornalístico hipermidiático?
A ética e o diálogo entre o Estado e a Sociedade, num contexto cultural de introdução das Tecnologias da Informação e da Comunicação, foram assuntos assumidos como agenda legislativa por meio da Constituição Federal de 1988 e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Frente ao cenário em que as hipermídias ganham importância como mecanismo essencial de democracia, se introduzem na ética jornalística novos elementos de orientação de conduta profissional. Neste contexto se investiga o portal de notícias mantido pelo IFSULDEMINAS na Internet.
O diagnóstico da aplicação das hipermídias no conteúdo jornalístico do site aponta para três tipos de limitações: técnicas, culturais e Políticas/Econômicas. O modelo preponderante para a produção de conteúdo segue o uso de texto escrito. Apesar de ser a linguagem predominante, a escrita não é considerada a forma de comunicação de mais fácil compreensão pelos produtores do conteúdo e a utilização das ferramentas de hipermídia é vista, por eles, como potencializadora da ética profissional dos Jornalistas do serviço público federal, porquanto vincula- usa a hipermídia à ética no serviço público.
O prognóstico aponta propostas de um Modelo de Ação em categorias como “Propostas Técnicas”, “Propostas Culturais” e “Propostas Político/Econômicas”. Por “Propostas Técnicas” compreendem-se ações para aprimoramento dos recursos tecnológicos com o objetivo de permitir a adequação do site às novas ferramentas de comunicação. Por “Propostas Culturais” entende-se a aplicação de ações de mudança e criação de novos hábitos com o intuito de introduzir as hipermídias na cultura da comunicação organizacional. As ações Políticas/Econômicas envolvem decisões administrativas e impactos financeiros.
Como principais efeitos da intervenção proposta podem-se citar: Maior repercussão das informações, ou seja, as reportagens em vídeo estão atingido mais a comunidade escolar. Mais engajamento: verifica-se o aumento do número de visitantes engajados com a informação veiculada em audiovisual. Aumento de demanda para a produção de reportagens exclusivamente em audiovisual detectado pela análise do número de demandas para a produção de reportagens por meio da ferramenta onde os usuários cadastram as solicitações de reportagens para a equipe da Assessoria de Comunicação.
A contribuição tecnológica e social destes planos de ação são de cunho ético e democrático. A estrutura proposta para o conteúdo jornalístico contribui para a percepção da ética como elemento a ser exercitado cotidianamente nos processos da comunicação pública e como componente essencial a ser considerado na elaboração das estratégias de ação de uma organização do Estado, que não pode abdicar da inegável imersão da sociedade nas tecnologias do ciberespaço, em especial as hipermídias, como ferramentas para estipular uma comunicação participativa e dialógica entre as instituições e os cidadãos.