Resumo

Título do Artigo

COMPORTAMENTO COLABORATIVO DE EMPRESAS BRASILEIRAS
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Palavras Chave

Colaboração
Cooperação
Inovação

Área

Gestão da Inovação

Tema

Tecnologia e Sustentabilidade, Inovação e Sociedade

Autores

Nome
1 - Marcos Roberto Kuhl
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - Campus Santa Cruz

Reumo

Para fazer frente a atual competitividade as empresas precisam busca a inovação, mas muitas delas não tem condições de fazê-lo sem se juntar a outras organizações, pois a inovação tem sido consideravelmente distribuída, com um número reduzido de empresas com habilidades necessárias. Alguns estudos trataram da colaboração como um aspecto que melhora a capacidade de inovação, amplia as oportunidades de negócio e melhoram o desempenho. Porém, pouco se conhece sobre o comportamento das empresas em relação a colaboração para a inovação, especialmente quando se trata de empresas brasileiras.
Considerando os poucos levantamentos que tratam da colaboração para a inovação, destacando-se entre eles a PINTEC realizado pelo IBGE e, baseando-se nos dados deste levantamento, alguns estudos foram realizados, mas levantamentos independentes sobre o tema ainda são incipientes, considerando a relevância do tema. Assim, a questão que norteará este estudo pode ser descrita como: Qual o comportamento das empresas em relação a colaboração para inovação? Desta forma, o objetivo deste estudo consiste em identificar e analisar o comportamento das empresas em relação a colaboração para inovação.
A fundamentação teórica está alicerçada na colaboração para a inovação, nas fontes de colaboração e nos motivos para colaborar (ROMIJN; ALBALADEJO, 2002; TETHER, 2002, EVANGELISTA; SAVONA, 2003; CHESBROUGH, 2003; 2011; EUROSTAT, 2004; HOWELLS; TETHER, 2004; TETHER, 2005; CAINELLI; EVANGELISTA; SAVONA, 2005; HIPP; GRUPP, 2005; OCDE, 2005; MANSURY; LOVE, 2008; TIDD; BESSANT; PAVITT, 2008; CSO, 2009; MURRAY; HAYNES; HUDSON, 2010; CROPPER et al. 2010; BALESTRIN; VERSCHOORE; REYES JUNIOR, 2010; TOMLINSON, 2010; IBGE, 2013, dentre outros).
Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e analítico, com coleta de dados por meio de questionário estruturado com questões em escala de 5 pontos, formulada a partir da literatura pesquisada. A coleta foi realizada junto a indústria brasileira de transformação, sendo que a amostra é composta por 158 questionários válidos. As análises consistem inicialmente da Análise Fatorial Exploratória (AFE), com confirmação da consistência interna a partir do Alfa de Cronbach, e por fim pela Análise de Cluster, ANOVA e Teste t. As análises foram viabilizadas pelo software SPSS®.
A partir da AFE verificou-se que os motivos para colaborar se divide em 3 fatores e as fontes de colaboração em 2 fatores, e que a partir destes fatores foi realizada a Análise de Cluster que agrupou as empresas da amostra em dois grupos tanto para as fontes, quanto para os motivos. Neste ponto as empresas foram classificadas como de colaboração em menor intensidade, colaboração intermediária e colaboração em maior intensidade, sendo que apenas 16,5% da amostra foi enquadrada neste último grupo.
Os resultados indicam a que os fatores gerados são similares a estudos anteriores e que o agrupamento indica um comportamento da amostra quanto a colaboração para a inovação em relação aos motivos para colaborar e as fontes de colaboração, onde acesso ao conhecimento, informação e aprendizagem e ao acesso a recursos tecnológicos são os principais motivos, e as principais fontes de colaboração são clientes e fornecedores. Não se identificou que informações como idade, setor, região e estado sejam fatores que influenciem neste resultado, mas o porte parece exercer certa influência.
KUHL, M.R. et al. Colaboração para inovação e desempenho sustentável: evidências da relação na indústria eletroeletrônica. BBR, v. 13, n. 3, p. 1 - 25, 2016. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Inovação Tecnológica – 2011. Rio de Janeiro: IBGE, 2013 227 p. TETHER, B.S. Who co-operates for innovation, and why? An empirical analysis. Research Policy, v. 31, p. 947-967, 2002. TOMLINSON, P.R. Co-operation ties and innovation: some new evidence for UK manufacturing. Research Policy, v. 39, p. 762-775, 2010.