Resumo

Título do Artigo

INOVAÇÃO SUSTENTÁVEL EM EMPRESAS COM CERTIFICAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE
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Palavras Chave

inovação
Sustentabilidade
Certificação sustentável

Área

Gestão da Inovação

Tema

Tecnologia e Sustentabilidade, Inovação e Sociedade

Autores

Nome
1 - Maira Ruggi
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ (UTFPR) - Curitiba
2 - Thiago Cavalcante Nascimento
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ (UTFPR) - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO (PPGA)
3 - Andréa Torres Barros Batinga de Mendonça
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - PROFNIT - Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação

Reumo

A inovação é um dos principais aspectos que impactam a competitividade e o desenvolvimento econômico (IBGE, 2014; OCDE, 2004) e essas inovações podem modificar a sociedade de maneira positiva ou negativa (FREEMAN; SOETE, 2008). Por isso é necessária uma estratégia que integre os objetivos da inovação as do desenvolvimento sustentável. Para Bossle et al. (2016), existe um interesse crescente por inovações sustentáveis, e uma pesquisa de âmbito global para entender o desenvolvimento de ecoinovações em empresas certificadas traz benefícios tanto acadêmicos como práticos.
O trabalho tem como objetivo verificar se as empresas com certificação sustentável estão desenvolvendo ecoinovações, quais os tipos e o impacto na sustentabilidade, contribui por apresentar uma nova proposta de tipologia de ecoinovações e demonstra os tipos de ecoinovação que mais impactam nos pilares da sustentabilidade.
A Fundamentação teórica está baseada em conceitos de sustentabilidade: o princípio que assegura que as ações do presente não impactarão as possibilidades econômicas, sociais e ambientais futuras (ELKINGTON, 2012) e inovação sustentável: pressupõe a incorporação de diretrizes sociais e ambientais, além de se preocupar com os impactos a longo prazo (HALL; VREDENBURG, 2003). No presente estudo, os conceitos de inovação sustentável e ecoinovação são entendidos como equivalentes.
A pesquisa é descritiva, quantitativa e por levantamento com corte foi transversal. Os elementos da pesquisa foram os funcionários das organizações com certificação do B Lab que tinham informação das áreas de sustentabilidade e inovação. A abrangência foram os países onde existem organizações certificadas e o período, o ano de 2017. A fase de coleta aconteceu entre os meses de dezembro de 2017 e março de 2018. Neste período, 191 empresas de 27 países diferentes responderam o questionário. A análise dos dados foi feita com o auxílio do Software SPSS da IBM aplicando-se testes e análises.
As organizações respondentes possuem certificação há quatro anos e média de 97,41 pontos no último relatório do B Lab. São, em sua maioria, dos Estados Unidos. A maior parte das inovações dos últimos 3 anos ocorreram no modo incremental e são novas para a empresa. As inovações mais citadas foram em produto/serviço, seguido de processos. Já as ecoinovações mais citadas foram preventivas integradas e organizacionais. A maior parte das empresas não é ecoinovadora e Tem impacto mais forte no pilar ambiental, seguido pelo social e econômico da sustentabilidade.
As ecoinovações preventivas integradas, ou de tecnologia mais limpa, foram as mais citadas, seguidas das organizacionais, preventivas aditivas e, por último, as curativas. Mais da metade das empresas disseram não ter inovações sustentáveis e só 11,52% foram tidas como ecoinovadoras. Verificou-se que as ecoinovações impactaram com mais força os pilares ambiental, social e por último o econômico. A partir da análise fatorial foi possível identificar uma nova sugestão de tipologia de ecoinovações neste estudo chamadas de produção, adaptação, controle, gestão e processo.
ELKINGTON, John. Sustentabilidade: canibais com garfo e faca. Edição histórica de 12 anos. São Paulo: M. Books, 2012. FRONDEL, Manuel; HORBACH, Jens; RENNINGS, Klaus. End-of-pipe or cleaner production? An empirical comparison of environmental innovation decisions across OECD countries, Business strategy and the environment, v. 16, n. 8, p. 571-584, 2007. RENNINGS, Klaus. Redefining innovation–eco-innovation research and the contribution from ecological economics. Ecological Economics 32, 319 – 332, 2000.