Resumo

Título do Artigo

ESPIRITUALIDADE VERSUS DIGNIDADE NAS ORGANIZAÇÕES: ESTUDO COM GESTORES E NÃO GESTORES
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Palavras Chave

Espiritualidade nas Organizações
Dignidade Organizacional
Relação espiritualidade e dignidade organizacional

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Lindevany Hoffimann de Lima Mendes
UNIFBV-Wyden - FBV
2 - Lucia Maria Barbosa de Oliveira
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Programa de Pós- graduação em Administração
3 - Maria Luisa Mendes Teixeira
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas
4 - Rafael Lucian
FACULDADE BOA VIAGEM (FBV) - Imbiribeira

Reumo

As dimensões relativas à Espiritualidade e Dignidade nas Organizações têm sido objeto de estudo, principalmente, em resposta às inquietações e sinais de infelicidade presentes no ambiente corporativo, o que vem despertando a necessidade de atenção especial às pessoas. Não obstante o interesse pelo tema, no mundo dos negócios, ainda é bastante escassa a produção científica sobre o assunto. Ampliar o conhecimento sobre a relação entre espiritualidade e dignidade no contexto do trabalho, pode contribuir para que as organizações desenvolvam ambientes com trabalhadores mais felizes e produtivos.
Os estudos sobre espiritualidade no ambiente de trabalho têm abordado principalmente os seus impactos, destacando-se a influência entre espiritualidade e comprometimento e satisfação no trabalho. Este estudo teve como objetivo analisar a relação entre a dignidade e espiritualidade, contemplando gestores e não-gestores de organizações de diferentes segmentos situadas no Nordeste do Brasil.
A espiritualidade nas empresas ou no ambiente de trabalho é definida como a tomada de consciência da empresa da razão de sua existência e sua missão diante de clientes e funcionários. A Dignidade Organizacional consiste em atributos de dignidade de uma organização, percebidos pelos stakeholders e por eles atribuídos às organizações. Para mensurar espiritualidade uma escala já testada e validada foi empregada neste trabalho associada à Escala de Práticas de Dignidade Organizacional (EPRA-DO) composta por cinco fatores, representando empregados, clientes e sociedade.
Pesquisa descritiva, método quantitativo e aplicação de questionário do tipo survey. A população constituiu-se de empregados. A amostra caracterizou-se como acidental de 1156 respondentes válidos, sendo 610 ocupantes de cargos de nível gerencial e 546 de cargos de nível não-gerencial. Os dados foram analisados com tratamento estatístico descritivo, inferencial mediante a aplicação de teste T para amostras independentes e teste ANOVA, acompanhado do teste Scheffé, além de análise correlacional bivariada de Spearman e do Alpha de Cronbach para confiabilidade dos fatores pesquisados.
Os resultados evidenciaram a existência de correlação entre os dois construtos, independentemente das características demográficas e funcionais dos respondentes, sendo estável a relação entre os fatores de Espiritualidade e Dignidade, independentemente do cargo ocupado, quer de natureza gerencial ou não gerencial.
Os resultados avançam tanto nos estudos realizados relativos a espiritualidade quanto a dignidade organizacional ao ter sido possível identificar a relação entre ambos os constructos. A dispersão em torno das médias tanto as obtidas pelos fatores de espiritualidade quanto de dignidade organizacional indicam heterogeneidade tanto na amostra de ocupantes de cargos de nível gerencial, quanto de nível não-gerencial apontado para a necessidade de pesquisas futuras.
REGO, Arménio; CUNHA, Miguel Pinha; SOUTO, Solange. Espiritualidade nas Organizações e Empenhamento Organizacional: Um estudo empírico. Área Científica de Gestão, [S.1.], n.6, p4-5, 2005. TECCHIO, E. Luiz; CUNHA, Cristiano J. C. de Almeida; SANTOS, Fabiana B. Spirituality in organizations? Organ. Soc., Salvador, v. 23, n. 79, p. 590-608, Dec. 2016. TEIXEIRA, M.L.M., DOMENICO, S.M.R., DIAS, S.M.R.C., MENDES, L.H. de L. Práticas de Dignidade organizacional por trabalhadores na relação entre organizações e stakeholders. EnANPAD. Rio de Janeiro: RJ Vol. 38. pp. 1-15, setembro, 2014.