Resumo

O conceito de Smart City é uma nova abordagem para mitigar os problemas urbanos e tornar o desenvolvimento urbano mais sustentável(Bibri & Krogstie, 2017). Contudo, Sujata et al (2016) apontam que o campo da literatura que diz respeito as Smart Cities ainda está em seus primórdios, o que não se mostra diferente do campo relacionado aos outros conceitos Smart já mencionados. No campo da prática, segundo levantamento da Pike Research, conduzida em 2011 pelo Smart Cities Council North America, foi estimado que até o ano de 2020, o gasto anual com Smart Cities seja superior a 16 bilhões de dólares

Estudos sobre Smart Cities fomentam tanto novos projetos de políticas quanto no nível de implementação de políticas. Assim, o objetivo deste artigo foi expor por meio de uma revisão sistemática da literatura internacional, trabalhos que abordem a temática das Smart Cities indexados nas bases de dados Scopus e Web of Science, e, publicados em periódicos com classificação Q1 pela SCImago Journal & Country Rank, afim de identificar como a temática é exposta no âmbito cientifico além de apresentar insights passiveis de aplicação para o contexto brasileiro.

Sujata et al., (2016) propõem que as Smart Cities são compostas por seis pilares, sendo eles: (1) o pilar social; (2) o pilar da gestão; (3) o pilar da economia; (4) o pilar dos aspectos legais; (5) o pilar da tecnologia; e (6) o pilar da sustentabilidade. De modo que, o primeiro pilar enfatiza a necessidade que a Smart City possui de ter um envolvimento de todos os seus cidadãos, não apenas pequenos grupos, garantindo assim um maior acesso a informação e uma tentativa para se conseguir um desenvolvimento mais uniforme de seus habitantes.

Este estudo tem carater qualitativio (Creswell & Creswell, 2017), e, foi adotado como estratégia pesquisa a revisão sistemática sobre Smart Cities. Foram utilizadas as bases de dados internacionais Scopus e Web of Science. A partir dos resultados expostos pelas bases de dados, foram selecionados periódicos com conceito Q1 em Gestão e Negócios da SCimago. Como resultado, 25 periódicos foram eleitos. Após exclusão de artigos duplicados, a amostra final de artigos selecionados nas duas bases de dados para a revisão sistemática da literatura foi composta por 14 estudos.

Foi evidenciado a predominância de trabalhos sobre a temática das Smart Cities provindas do continente europeu. O pilar da tecnologia (Sujata et al., 2016) foi exposto direta e indiretamente em todos os artigos analisados. O conceito de Smart City é o que melhor se encaixa no contexto de fornecimento de soluções integradas de construção e tecnologia, de novas infraestruturas urbanas ou de manutenção das já existentes. assim, foi evidenciado uma lacuna sobre como as cidades se desenvolvem de modo sustentável, de como os serviços ofertados pelas cidades se transformam em serviços inteligentes.

Como insights para futuros estudos: trabalhos que abordem as definições, conceitos, caracterização e componentes das Smart Cities; Trabalhos empíricos que investiguem o desenvolvimento, planejamento, projeções, estratégias de implementação e avaliação de Smart Cities; Pesquisas sobre técnicas e tecnologias de gerenciamento, aplicações e políticas públicas nos diversos níveis da administração pública; Cidades do futuro, como Smart Cities é um conceito fruto de pensadores visionários, também a espaço para estudos que visem descrever, entender, teorizar e projetar como serão as cidades do futuro

Bibri, S. E., & Krogstie, J. (2017). Smart sustainable cities of the future: An extensive interdisciplinary literature review. Sustainable Cities and Society, 31, 183-212. Creswell, J. W., & Creswell, J. D. (2017). Research design: Qualitative, quantitative, and mixed methods approaches. Sage publications. Sujata, J., Sakasham, S., & Tanvi, G. (2016). Developing Smart Cities: An integrated framework. Procedia Computer Science, 93, 902-909.