Resumo

Título do Artigo

Dimensões da Espiritualidade nas Organizações por Pessoas de Religiões de Matriz Africana
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Espiritualidade no trabalho
Diversidade nas organizações
Religiões de matriz africana

Área

Artigos Aplicados

Tema

Gestão de Pessoas

Autores

Nome
1 - Marcio Henrique Alves Roberto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
2 - Edson Rocha de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
3 - Pedro Paulo Cruz de Albuquerque
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Benfica
4 - Francisco Carlos Daniel da Silva Cândido
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC

Reumo

A diversidade e a espiritualidade nas organizações são duas temáticas emergentes na academia, e o presente trabalho vem unificar a abordagem teórica de espiritualidade e o objeto de estudo, que são os indivíduos de religiões de matriz africana, grupo consideravelmente discriminado nas organizações, como reflexo da sociedade.
As pessoas praticantes dessas religiões representam hoje uma parcela pequena das pessoas empregadas no Nordeste, segundo o censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além de estar inserida em uma sociedade majoritariamente cristã, o objeto de estudo desta pesquisa torna-se minoria no aspecto quantitativo e de relação de poder. Espiritualidade no trabalho transcreve as relações dos valores coletivos e individuais através dos elementos culturais da organização.
Este artigo estabeleceu-se pelo interesse no estudo da diversidade dentro das organizações, utilizando essa fatia da sociedade, que são as pessoas de religiões de matriz africana com o intuito de entender como esses percebem a espiritualidade nas organizações. A pesquisa foi incitada pelo desejo encontrar indicadores que caracterizam a temática nesse grupo de estudo de forma que a especificação do objeto de estudo sirva de análise para estudos posteriores.
Propõem-se o advento deste estudo através dos questionamentos hipotéticos: “Será que os resultados encontrados neste estudo se repetem em grupos religiosos, espiritualistas? ”, “Será que essa percepção de trabalho como instrumento passageiro, não sendo um propósito de vida, nem possuindo sentimento de pertencimento no ambiente de trabalho, é uma caracterização da Espiritualidade nas Organizações para as pessoas espiritualistas? ”.
Concluiu-se que o objeto de estudo apresenta comportamentos amplos diante das perspectivas dos autores nos quais se fundamentou este trabalho. Acredita-se, já dispondo de sugestões para estudos posteriores, na existência de outras dimensões de Espiritualidade nas Organizações além das apresentas: senso de comunidade, expressão da vida interior do indivíduo e trabalho como propósito de vida (REGO, SOUTO E CUNHA, 2007; MILLIGAN ET AL, 2003; STRACK ET AL, 2002; ASHMOS E DUCHON, 2000).
O estudo traz sua relevante contribuição para os estudos de comportamento organizacional quando volta seus olhos a um público minoritário e pouco estudado que desperta a possibilidade de novos estudos semeando a hipótese de novas dimensões de espiritualidade, como “trabalho como instrumento para propósito de vida” e não como o próprio propósito de vida.