organizações públicas
avaliação de desempenho sustentável
indicadores de sustentabilidade
Área
Administração Pública
Tema
Promoção da Eficiência, Otimização de Processos e de Recursos Públicos
Autores
Nome
1 - Jan Riella UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Itajaí
2 - Anete Alberton UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - PPGA
Reumo
Na medida em que organizações públicas e privadas passam a receber pressões externas de clientes e governos para que adotem ações sustentáveis, o nível de desempenho corporativo sustentável torna-se foco de discussão, assim como os métodos existentes para medi-lo.
Considerando que as organizações públicas vêm sendo cobradas cada vez mais por iniciativas sustentáveis, investiga-se como problemática central de pesquisa: qual é o conjunto de indicadores que permite avaliar o desempenho corporativo sustentável de uma organização pública?
Quando se fala em desempenho organizacional sustentável, Kinlaw (1997) o define como a microdescrição do que as empresas e indústrias devem fazer para terem práticas empresariais que reflitam o conceito de desenvolvimento sustentável, já que para as nações sobreviverem as empresas precisam sobreviver obtendo lucro. Leripio (2001) conclui que o conceito de Kinlaw reconhece que muitas das formas atuais adotadas pelo homem na prática de seus negócios no uso do meio ambiente não são sustentáveis, o que leva à preocupação com o futuro que se prolonga para além de limites de tempo demarcáveis.
Propõe-se, nesse estudo, um framework baseado no escopo Teórico (modelos pré-existentes) e na Contextualização (legislação e programas de governo aplicáveis e especificidades da organização) para que organizações públicas criem seu conjunto próprio de indicadores de sustentabilidade. Assim, esse estudo tem como objetivo principal a proposição de um conjunto de indicadores para medir o desempenho corporativo sustentável da Embrapa Caprinos e Ovinos. Dez modelos teóricos para elaboração e seleção de indicadores de sustentabilidade para organizações públicas foram identificados e estudados.
Para compor o conjunto total de Indicadores de Sustentabilidade para Organizações Públicas, foram retirados 249 indicadores da Teoria e 170 indicadores da Contextualização. Após a análise de redundância entre os dois grupos, restaram 400 indicadores de sustentabilidade. Esses 400 indicadores foram avaliados a partir de uma Matriz de Priorização elaborada com base nos 12 critérios para seleção de um indicador definidos para o programa Gespública. Por meio da Matriz, foi feita a seleção objetiva de 79 indicadores.
Numa análise preliminar do desempenho sustentável, foi visto que a empresa pública investigada possui um melhor desempenho na Dimensão Ambiental, pois 94% dos indicadores ambientais atendem a padrões mínimos de sustentabilidade, o que também acontece com 87% dos indicadores sociais e 59% dos indicadores econômicos.
GRI (2005); Matthews e Shulman (2005); Enticott e Walker (2008); Chai (2009); Farneti e Guthrie (2009); Lundberg, Balfors e Folkeson (2009); Ramos et al., (2009); Walker e Brammer (2009); Leripio (2010); Preuss e Walker (2011); Lodhia, Jacobs e Park (2012); Siboni, Del Sordo e Pazzi (2013); Vatalis, Manoliadis e Mavridis (2012); GRI (2013); Mitchell, Wooliscroft e Higham (2013); Siboni, Del Sordo e Pazzi (2013); Souza e Pfitscher (2013); Alencastro, Silva e Lopes (2014); Jones e Mucha (2014); Luiz e Pfitscher (2014); Osborne et al. (2015); Kairouz, Hokayem e Hage (2016).