Resumo

Título do Artigo

INTEGRAÇÃO VERTICAL NA MANUTENÇÃO AERONÁUTICA: UMA ANÁLISE EXPLORATÓRIA SOBRE FAZER OU COMPRAR ETAPAS DOS PROCESSOS DE MANUTENÇÃO EM OFICINAS NO BRASIL
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Palavras Chave

Manutenção Aeronáutica
Integração Vertical
Fazer ou Comprar

Área

Artigos Aplicados

Tema

Operações

Autores

Nome
1 - Fabio Renato Rossi do Nascimento
Fundação Instituto de Administração - FIA - FIA - Nações Unidas
2 - Antonio Herbert Duarte Ferreira
Fundação Instituto de Administração - FIA - Nações Unidas
3 - ALESSANDRO RICARDO HAJ HAMMOUD
Fundação Instituto de Administração - FIA - BIrman 21
4 - Daniel Estima de Carvalho
FACULDADE FIA DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS (FFIA) - Mestrado Profissional

Reumo

A gestão de reparos no mercado de manutenção aeronáutica é essencial para a garantia da segurança de voo, qualidade, confiabilidade e controle de custos dos operadores aéreos. No segmento aeroespacial, segundo Instituto Brasileiro de Aviação (2017), o país realizou 2,3 milhões de operações aéreas, com 12.371 tipos diferentes de aeronaves, com uma frota de 21.895 aeronaves civis registradas, transportando 2,5 bilhões de carga, com 28.372 pilotos, com um envelhecimento de frota na ordem de 17 anos, sendo 12 anos para as aeronaves da aviação comercial, 12 anos para aviação experimental e 27 anos
Para suportar tal operação aérea, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (2017), existem no Brasil 508 oficinas de manutenção homologadas pelo regulamento brasileiro de aviação civil parte 145, sendo estas empresas responsáveis por manter a segurança da aviação, reduzindo o índice de acidentes ou incidentes e também mantendo o alto índice de desempenho das companhias aéreas com relação à pontualidade e baixo custo de operação.
Este artigo busca responder à pergunta central de pesquisa: Quais são os fatores que levam as oficinas no Brasil a verticalizar mais ou menos os processos de manutenção de aeronaves, para tomada de decisão sobre fazer ou comprar as etapas deste processo produtivo? O objetivo principal deste artigo é entender como os executivos das oficinas de manutenção aeronáutica no Brasil analisam o nível de integração vertical adequado para sua operação, decidindo quais etapas do processo produtivo devem ser internalizadas bem como quais devem ser contratadas.
Esta pesquisa é de natureza aplicada, com abordagem qualitativa, exploratória no tocante a análise de fazer ou comprar no segmento de manutenção aeronáutica Brasileiro pela escassez de publicações acadêmicas acerca do tema. Foram entrevistados 5 executivos do setor, aplicando um roteiro de entrevista e para análise e tratamento dos dados primários coletados, foi utilizado a análise de discurso, que é um método que pretende não só apreender como uma mensagem é transmitida, mas explorar seu sentido, verificando a a forma pela qual se diz alguma coisa e não apenas verifica o que se fala.
Optam por fazer quando: 1)produto simples e com alta rotatividade na frota; 2)se deparam com um baixo desempenho operacional de um fornecedor existente; 3)produto é estratégico do ponto de vista de operação. Por outro lado, optam por comprar quando: 1)a empresa em que trabalha não tem orçamento para o investimento no reparo do produto; 2)alto grau de complexidade e tecnologia do produto, portanto alto grau de responsabilidade civil atrelada a um alto investimento; 3)alto grau de, ou total, proteção intelectual do fabricante sobre os manuais de manutenção dos produtos.
Pesquisa exploratória quando analisado o âmbito do segmento aeroespacial brasileiro, pouco discutido em trabalhos científicos, principalmente sobre processos administrativos, que neste trabalho é a análise de fazer ou comprar e entendimento sobre tomada de decisão sobre grau de verticalização em oficinas de manutenção aeronáutica.