Resumo

Título do Artigo

Ensino-Aprendizagem da Improvisação Organizacional: Carências, Desafios e Potencialidades
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Palavras Chave

improvisação organizacional
Ensino-aprendizagem da improvisação
desafios do ensino-aprendizagema

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Experiências no ensino-aprendizagem

Autores

Nome
1 - Fernanda Paquelet Moreira Barbosa
IF Sertão-PE e NPGA (UFBA) - Escola de Administração UFBA
2 - Eduardo Paes Barreto Davel
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - EA

Reumo

O debate sobre Improvisação Organizacional lança um olhar para muitos aspectos relativos ao ambiente organizacional e que vem sendo estudados separadamente, a exemplo da criatividade, prontidão, flexibilidade, transformação, descoberta de novos caminhos e inovações organizacionais levando em consideração os limites e a memória organizacional. Podemos considerar a improvisação um desvio do caminho planejado por uma questão maior que se apresente, ou pela concepção de ação à medida que se desenvolve. Um desafio relacional, temporal e emocional que trazem consigo a transformação.
A Improvisação Organizacional vem sendo debatida e exigida como ferramenta operacional do gestor, porém os estudos e artigos publicados não falam como aprender esta habilidade deixando uma lacuna evidente no campo do Ensino-aprendizagem da Administração. O objetivo é formular e discutir as potencialidades, carências e desafios do ensino e da aprendizagem da improvisação organizacional para a área de Administração na formação do gestor contemporâneo. Uma atividade de estímulo a criatividade na busca de soluções, planejamento e reflexão de seus atos através de uma metodologia artística.
As bases teóricas desse estudo estão fundamentadas na Improvisação Organizacional, no Ensino-Aprendizagem da Administração e na Improvisação Teatral criando condições de abordagens dos aspectos relacionais, temporais e emocionais, pois a mente só atinge todo o seu potencial de desenvolvimento quando são estimuladas as possibilidades de perceber, sentir, pensar e realizar, concentrando nas dimensões epistemológicas baseadas em prática, relacionalidade, transformação, corporeidade, estética, emoção e crítica.
A arte é associada, com frequência, ao ato de dinamizar e potencializar a pesquisa acadêmica, por outro lado, isso ainda é feito de forma tímida, hesitante e pulverizada. Muito preconceito ainda persiste sobre o valor da arte no processo de pesquisa, sobretudo quando nos deparamos com questões de validade, confiabilidade e credibilidade científica. A pesquisa com metodologia artística produz uma energia atenciosa e positiva capaz de contribuir para uma política de esperança, pois implementa valores de amor, cuidado, compaixão, comunidade, espiritualidade, prática relacional e justiça social.
A improvisação é um ato espontâneo, e por isso capaz de mostrar direções ao mesmo tempo em que desnuda os improvisadores dentro de uma abordagem estética capaz de levantar temas importantes para a criação de políticas organizacionais. Na improvisação existem períodos curtos de estabilidade e alto nível de incerteza, enfatizando os aspectos da cooperação, competição e de adaptação em condições complexas, estimulando a capacidade de escolha da solução ajustada às circunstâncias.
CUNHA, J. V. D.; CUNHA, M. P. Improvisation in Organizations. The Sage Handbook of New Approaches in Management and Organization. Los Angeles: Sage Publications, 2008/DEWEY, J. Art as experience. New York: Perigee Books, 1934/DYER, S.; HURD, F. “What’s Going On?” Academy of Management Learning & Education, v. 15, n. 2, p. 287-303, 2016/FLACH, L. A rota das cervejarias artesanais de Santa Catarina: Analisando a improvisação e aprendizagem. Recife, 2012/HATCH, M. J. Jazzing up the theory of organizational improvisation. Advances in Strategic Management, v. 14, p. 181-191, 1997.