Resumo

Título do Artigo

AVERSÃO AO RISCO NA TOMADA DE DECISÕES ORGANIZACIONAIS: ANÁLISE DA LITERATURA E OPORTUNIDADES DE PESQUISA
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Palavras Chave

Aversão ao risco
Tomada de decisão
Teoria do Prospecto

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Ernando Fagundes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Programa de Pós Graduação em Contabilidade
2 - Rogério João Lunkes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Departamento de Ciências Contábeis
3 - Darci Schnorrenberger
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Departamento de Ciências Contábeis
4 - Rodrigo Rengel
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Florianópolis

Reumo

Quando se comparam diretamente e proporcionalmente as perdas em relação aos ganhos, as perdas assomam como maiores do que os ganhos. Ou seja, as pessoas são avessas ao risco no domínio dos ganhos, mas o buscam quando confrontadas com possibilidades de perdas. Destaca-se o fato de que muitas vezes as pessoas tomam decisões por outros, tornando fundamental verificar quão bem as pessoas são capazes de fazer julgamento sobre as preferências de riscos de outras pessoas. É difícil mensurar quão bem uma pessoa é capaz de avaliar se os riscos são aceitáveis para outras pessoas.
Assim, questiona-se como a aversão ao risco é apresentada na literatura em relação à tomada de decisões organizacionais? Desse modo, o objetivo é verificar como a aversão ao risco se apresenta na literatura em língua inglesa, quando considerada a tomada de decisões no contexto organizacional, apontando possíveis lacunas para estudos futuros.
O uso da teoria do prospecto na análise de comportamento no ambiente organizacional apresenta diferenças se comparado à utilização da teoria na análise do comportamento individual. Harvey et al. (2006) indicam que há literatura sobre a maioria dessas formas de decisão, no entanto, pouco se tem estudado em relação à tomada de decisão por outros. É difícil mensurar quão bem uma pessoa é capaz de avaliar se os riscos são aceitáveis para outras pessoas. As perdas são menos evidentes quando os decisores decidem por outras pessoas, de modo que assim esses decisores passam a ser menos avessos à perda
As pesquisas referentes o tema deste estudo vem sendo realizadas por núcleos isolados, visto não ter se identificou rede entre os autores. Fica claro que há uma tendência de se acrescentar a variável risco aos modelos de tomada de decisão desenvolvidos até então. No entanto, pouco tem se estudado em relação aos níveis de aversão ou busca ao risco no que diz respeito a tomada de decisão por outros, como é o caso de uma decisão organizacional feita por um gestor que não é o dono do negócio. Após 2009, houve um aumento na quantidade de estudos sobre aversão ao risco no ambiente organizacional.
As pesquisas acerca da aversão ao risco na tomada de decisões organizacionais se mostram relevantes. As oportunidades apontadas devem ser exploradas para que se desenvolvam estudos na área. A maior parte dos estudos considera que os modelos embasados na Teoria da Utilidade não são adequados o suficiente. Cabem assim, estudos que incorporem a variável aversão ao risco nos modelos de tomada de decisão, considerando diferenças na aversão ao risco de decisões próprias em relação às decisões tomadas por outros.
Kahneman, D. (2012). Rápido e devagar: duas formas de pensar. Rio de Janeiro: Objetiva. Kahneman, D., & Tversky, A. (1979). Prospect Theory: An Analysis of Decisions under Risk, Econometrica. 47(2), 263-291. Thaler, R. H. (2016). Behavioral economics: Past, present, and future. American Economic Review, 106(7), 1577-1600. Tversky, A., & Kahneman, D. (1992). Advances in prospect theory: Cumulative representation of uncertainty. Journal of Risk and uncertainty, 5(4), 297-323. Demais referências ao final do artigo.