Resumo

Título do Artigo

COLABORAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADE-EMPRESA: Perspectiva dos Professores Universitários
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Palavras Chave

Inovação Aberta
Universidade
Universidade-Empresa

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - Humberto Rodrigues Marques
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Programa de Pós-Graduação em Amdinistração
2 - Priscila Luiz Rosa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
3 - Paulo Henrique de Souza Bermejo
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Departamento de Administração / Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão Pública

Reumo

No novo paradigma de inovação aberta, que enfatiza que as organizações não podem mais inovar de forma isolada (CHESBROUGH, 2003) devendo criar uma gestão dos fluxos de conhecimento através das fronteiras organizacionais (WEST et al., 2014), as universidades podem ser consideradas atores-chave, pois têm capacidade de impulsionar e aumentar a transferência de conhecimento e tecnologia (ROSHANI; FRAYRET, 2015), de modo que este novo contexto de interação levou à necessidade de as universidades repensarem seus modelos de envolvimento com a indústria e sociedade em geral.
O estudo objetivou verificar se existem grupos de professores que apresentam posicionamento diferente quanto à cooperação entre universidade e seu principal agente de parceria, as empresas, assim como os fatores que discriminam estes grupos. Para tanto, procura-se analisar neste estudo como os professores das universidades federais mineiras identificam os fatores que caracterizam a cooperação entre universidades e empresas.
A fundamentação teórica foi alicerçada nos conceitos de cooperação universidade-empresa, mais precisamente sobre questões relacionadas às (i) formas de cooperação entre universidade e empresas; (ii) barreiras para cooperação; e (iii) motivações para cooperação.
A pesquisa concentrou-se em todas as universidades federais de Minas Gerais e é baseada em dados primários coletados por meio de um questionário estruturado, desenvolvido com base na literatura, aplicado com os sujeitos de análise, os professores das universidades federais mineiras. Como forma de mensurar as variáveis do questionário utilizou-se a escala tipo Likert, coletados por meio da ferramenta online Survey Monkey e analisados por meio de análise multivariada, como análise de cluster e análise discriminante.
Como resultado, identificou-se dois grupos de professores, onde o Cluster 1 é constituído por docentes com maior grau de titulação e por mais acadêmicos que já cooperaram com empresas do que o Cluster 2. Para tanto, o grupo 1 é constituído em maior parte por indivíduos que concordam com as variáveis de motivação e com os meios de cooperação, enquanto o grupo 2 mais concordou com barreiras quanto à inovação aberta.
Com relação às contribuições teóricas do trabalho, pode-se determinar a construção e validação de variáveis que avaliam a perspectiva das universidades quanto à cooperação com as empresas, sendo passível, para tanto, de aprimoramento e replicação do modelo teórico desenvolvido em outros contextos e regiões. As contribuições empíricas enfatizam principalmente a necessidade de gestores universitários atribuírem maior esforço quanto a uma cultura de cooperação entre a universidade e empresas por parte dos docentes, dado que estes são os principais atores que influenciam a cooperação.
CHESBROUGH, H. Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology. Harvard Business Press, Boston, 2003. ROSHANI, M.; FRAYRET, J. University-Industry Collaborations and Open Innovations: An Integrated Methodology for Mutually Beneficial Relationships. CIRRELT-2015-22, Jun. p. 1-33. WEST, J. et al. Open innovation: The next decade. Research Policy, v.43, n.5, 2014.