Resumo

Título do Artigo

RESILIÊNCIA, PERCEPÇÃO TEMPORAL E AUTOEFICÁCIA: um estudo sobre as diferentes gerações de trabalhadores
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Palavras Chave

Percepção Temporal
Autoeficácia
Trabalhadores

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Lereno da Costa Nunes
FACULDADE FUCAPE (FUCAPE) - MARANHÃO

Reumo

A literatura identifica grupos de gerações de trabalhadores (Baby Boomers, X, Y e Z), Fatores de Percepção Temporal (Policronia,Velocidade,Pontualidade,Profundidade Temporal) e o sentimento de Autoeficácia em trabalhadores. Dentro de uma atmosfera organizacional, a busca por melhoria do desempenho corporativo é constante, mediante a abertura de horizontes proporcionados pela globalização e pela velocidade no uso de tecnologias, exigindo de trabalhadores uma gestão pessoal flexível e adaptada às exigências do mercado.
Duas linhas de pesquisa opostas tentam explicar como o trabalhador lida com o tempo e a produtividade versus o sentimento de autoeficácia ou de autorrealização. Boa parte da literatura concentra esforços em explicar os conflitos geracionais. Esta pesquisa objetivou investigar se fatores de percepção temporal influenciam o sentimento de autoeficácia de forma diferente em grupos de gerações de trabalhadores em meio à rapidez das tecnologias e racionalização do tempo nas organizações, em duas linhas de pesquisa: conflito geracional ou adaptação geracional.
Gerações são grupos de pessoas identificadas por similaridades características adquiridas por vivencias históricas, sociais e culturais, distribuídas conforme intervalos temporais e que denotam personalidades distintas. Fatores de Percepção Temporal ditam a capacidade de um indivíduo fazer várias tarefas ao mesmo tempo com velocidade, pontualidade, em profundidade temporal, mediante prazos estabelecidos. A autoeficácia é a propriedade de autoafirmação para a execução de tarefas através de fatores intrínsecos aos indivíduos que estão ligados à produtividade nas organizações.
Pesquisa quantitativa, de caráter descritivo com corte transversal, com a utilização de dados primários. Amostra composta por trabalhadores formais que usam tecnologias. Coleta de dados com a aplicação de questionário por meio de ferramentas tecnológicas, Tratamento estatístico através do programa Stata. Utilização da Escala de Percepção Temporal (EPT) (PAIVA et al.,2013), Nova Escala Geral de Autoeficácia (CHEN; GULLY; EDEN,2001) com uma escala de Likert de 5 pontos. Utilização do t-student para diferença de médias das gerações extremas e Aplicação do Modelo de Regressão MQO.
Teste de Diferença de Médias apresentando significância apenas na dimensão Arrastamento Sincronia. Em relação à regressão não houve significativa influência dos construtos Policronia, Velocidade e Arrastamento ou a ocupação de cargos de chefia, carga-horária semanal praticada, gênero, renda e tipo de empresa em relação à autoeficácia. Houve significância positiva entre a Pontualidade e as Gerações X e Y, entre a Profundidade Temporal e as Gerações Baby Boomers, X e Y e entre a Escolaridade e a geração Z. Significância Negativa entre Horas Extras e a Geração Z.
Há uma tendência das gerações em adaptarem-se ao clima ocupacional, ainda que esbocem manifestações assimétricas no convívio social. Estas gerações estão adaptando-se às exigências tecnológicas em função do compartilhamento globalizado de informações entre profissionais da mesma ou de diferentes áreas e organizações, oferecidas por facilidades dentro de um aprendizado autoalimentado pela comunicação. Há a possibilidade do convívio de gerações de trabalhadores sem radicalismos e sem grandes variações de comportamento em um mesmo ambiente laboral por força do clima e da cultura organizacional.
CHEN, G.; GULLY, S. M.; EDEN, D. Validation of a new general self-efficacy scale. Organizational research methods, 2001. CHERIAN, J.; JACOB, J. Impact of self-efficacy on motivation and performance of employees. International Journal of Business and Management, 2013. COLBERT, A.; YEE, N.; GEORGE, G. The digital workforce and the workplace of the future. Academy of Management Journal, 2016. PAIVA, K. C. Martins de; SANTANA DUTRA, M. R.; DE OLIVEIRA SANTOS, A.; REZENDE FREITAS BARROS, V. Proposição de escala de percepção temporal. Tourism& Management Studies, 2013.