Resumo

Título do Artigo

PROCESSO SUCESSÓRIO EM EMPRESAS FAMILIARES: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS ATRIBUTOS PESSOAIS E FAMILIARES
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Palavras Chave

Planejamento
Tomada de decisão estratégica
Sucessão familiar

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Governança Corporativa

Autores

Nome
1 - Djeimi Angela Leonhardt Neske
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE) - Campus Cascavel - PR
2 - Ivano Ribeiro
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE) - Campus Cascavel

Reumo

A medida em que a sucessão gerencial é planejada, as relações familiares desempenham um importante papel (Davis & Stern, 1980; Lansberg, 1988; Ward, 1987). O impacto de tais relações no “planejamento sucessório, assim como no treinamento do sucessor, pode ser mediado por duas variáveis: comprometimento da família com o negócio e a qualidade do relacionamento entre o proprietário-gerente e o sucessor” A relação entre tais figuras pode ser decisiva nas organizações familiares (Ward, 1987). Sendo a coesão e adaptabilidade familiar o que propicia um relacionamento forte e de alta qualidade.
Tendo em vista os benefícios de implantar uma estrutura de governança em empresas familiares, especialmente no que tange aos aspectos relacionados ao planejamento do processo sucessório, é relevante saber quais são os atributos que impactam e se relacionam com mais intensidade, no sentido de favorecer o planejamento. Desse modo a questão norteadora da pesquisa é: Quais as relações entre os atributos pessoais e familiares e o nível de treinamento e planejamento do processo sucessório em empresas familiares?
Discorre sobre: Características pessoais; atributos do gestor atual; atributos do potencial sucessor; coesão familiar; relacionamentos familiares; relacionamento do gestor atual com o sucessor; adaptabilidade; compromisso; planejamento e treinamento para a sucessão. Fundamentando as hipóteses apresentadas.
Revisão sistemática de artigos em 3 bases, Spell, Web of Science e Scopus. Resultando em 122 artigos para a base de desenvolvimento das hipóteses apresentadas no estudo. O instrumento de pesquisa foi elaborado a partir de Lansberg e Astrachan (1994). Para a análise dos dados de 52 respondentes foi empregada a Modelagem de Equações Estruturais (Structural Equation Models - SEM), com estimação dos “Mínimos Quadrados Parciais” (Partial Least Square – Path modelling - PLS-PM), utilizando-se das ferramentas oferecidas pelo software SmartPLS® 3.0.
Os resultados apontam positivamente para a validação do modelo e das relações propostas, sendo: AVE > 0.6; Alfa > 0.7; CC > 0.7. Os R² foram: Compromisso, 0.102; Planejamento, 0.478; Relacionamento, 0.364; Treinamento, 0.420. Valores considerados adequados, tendo em vista que os constructos principais Treinamento e Planejamento explicam respectivamente 42% e 47,8%. Para validação das hipóteses, usou-se uma fiabilidade de 95%, os valores de t-Student devem estar acima de 1,96 e o p-valor < 0.05 (Hair et al., 2014).
Quanto ao resultado das hipóteses, pode-se afirmar: que a coesão familiar impacta positivamente na qualidade do relacionamento do gestor com o atual sucessor; que a qualidade do relacionamento entre gestor atual e o sucessor impacta positivamente no nível de treinamento para o processo sucessório; que a adaptabilidade familiar impacta positivamente no relacionamento do gestor atual e do sucessor; que o compromisso familiar impacta positivamente no nível de planejamento da sucessão familiar; que o planejamento da sucessão familiar impacta positivamente no nível de treinamento do sucessor.
Hair, J. F., Sarstedt, M., Ringle, C. M., & Mena, J. A. (2012). An assessment of the use of partial least squares structural equation modeling in marketing research. Journal of the Academy of Marketing Science, 40(3), 414–433 Lansberg, I., & Astrachan, J. H. (1994). Influence of Family Relationships on Succession Planning and Training: The Importance of Mediating Factors. Family Business Review, 7(1), 39–59 Sharma, P., Chrisman, J. J., & Chua, J. H. (2003). Predictors of satisfaction with the succession process in family firms. Journal of Business Venturing, 18(5), 667–687.