Resumo

Título do Artigo

Capacidade Relacional para Geração de Inovações Agropecuárias: Um Estudo com a EMBRAPA e seus Parceiros Externos
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Palavras Chave

Inovação Agropecuária
Alianças Estratégicas de P&D
Capacidade Relacional

Área

Gestão da Inovação

Tema

Organização, Processos e Projetos de Inovação

Autores

Nome
1 - Taísa Scariot Preusler
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - São Paulo
2 - Priscila Rezende da Costa
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - PPGA
3 - Tatiane Baseggio Crespi
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Vergueiro
4 - Geciane Silveira Porto
FEA-RP/USP - Departamento de Administração
5 - João Marcos Almeida
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Memorial

Reumo

A EMBRAPA tem exercido importante papel em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para a geração de inovações agropecuárias, as quais, grande parte são geradas a partir de alianças estratégicas com distintos parceiros externos, cada um com conhecimentos científicos, tecnológicos e mercadológicos específicos, o que requer Capacidade Relacional (CR), isto é, um conjunto de rotinas e processos estabelecidos para gerenciamento das alianças.
Considerando o importante papel que a inovação agropecuária desempenha no país, e tendo em vista que a formação de alianças estratégicas de P&D tem sido cada vez mais utilizada como forma de geração de inovações, buscou-se analisar como a capacidade relacional pode contribuir para a geração de inovações agropecuárias.
A capacidade relacional é investigada utilizando o modelo de Schilke e Goerzen (2010), ou seja, uma construção multidimensional dividida em: cinco dimensões, incluindo coordenação interorganizacional, transformação da aliança, aprendizagem, proatividade em alianças e portfólio de alianças; e dois fatores influenciadores, envolvendo a experiência e a estrutura da aliança. Vale destacar que a dimensão portfólio de alianças não foi considerada na pesquisa, visto que a unidade de análise consideradas são as alianças díades e não o portfólio.
Realizou-se uma pesquisa qualitativa, utilizando o método do estudo de caso, a partir de entrevistas, análise documental e observação não participante. Três alianças estratégicas de P&D, envolvendo unidades da EMBRAPA e parceiros externos, constituíram o corpus de análise da pesquisa. Na análise dos dados utilizou-se a triangulação e a análise de conteúdo.
Verificou-se que as Unidades da EMBRAPA e parceiros externos possuem as dimensões de coordenação, aprendizagem e transformação da capacidade relacional institucionalizadas (formalizadas e passíveis de replicação em alianças futuras). Com relação à proatividade, também uma dimensão da capacidade relacional, ela foi apresentada por uma Unidade da EMBRAPA (Agroindústria de Alimentos) e dois parceiros (FAPA e IMAmt). Pode-se, assim, considerar que essas instituições possuem essas dimensões amadurecidas de modo geral, ou seja, formalizadas e, portanto, passíveis de replicação em alianças futuras.
As principais conclusões do estudo foram a institucionalização e o transbordamento da CR, culminando em um framework propositivo. Em alianças de P&D, quando os parceiros possuem a CR desenvolvida, eles conseguem transbordar conhecimentos, rotinas e processos de pesquisa (instituto de pesquisa público para o parceiro) e de desenvolvimento (parceiro para o instituto de pesquisa público), passando a aprimorar seus próprios processos e rotinas ou a adotar novas práticas. Da mesma forma, quanto mais institucionalizadas estão as rotinas da CR, mais amadurecida ela será, sendo passível de replicação.
Schilke, O., & Goerzen, A. (2010). Alliance management capability: an investigation of the construct and its measurement. Journal of Management, 36(5), 1192–1219. Du, J., Leten, B., & Vanhaverbeke, W. (2014). Managing open innovation projects with science-based and market-based partners. Research Policy, 43(5), 828–840. Niesten, E., & Jolink, A. (2015). The impact of alliance management capabilities on alliance attributes and performance: a literature review. International Journal of Management Reviews, 17(1), 69–100.