Resumo

Título do Artigo

UMA ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE IDENTIFICAÇÃO ORGANIZACIONAL E EXAUSTÃO DO TRABALHADOR
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Esgotamento no trabalho
Valores organizacionais e individuais
Identificação do trabalhador

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Gestão de Pessoas e de Equipes

Autores

Nome
1 - Harrison Bachion Ceribeli
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP) - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
2 - Felipe Romaskevis Severgnini
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP) - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
3 - Karla Luisa Costa Sabino
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL-MG) - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas

Reumo

O trabalho impacta de diferentes maneiras na vida dos indivíduos, seja positivamente, à medida que promove maior sentimento de autorrealização, ou negativamente, quando dá origem a doenças de cunho psicossocial. Níveis elevados de estresse nas atividades laborais tendem a levar ao adoecimento do sujeito, afetam seu equilíbrio orgânico e saúde mental. À medida que a exaustão emocional tornou-se campo de pesquisa para Administração, o enfoque dado foi em identificar como as organizações são afetadas pelo esgotamento de seus trabalhadores.
Foram levantadas diferentes consequências negativas tanto para empregados quanto para empregadores, ao mesmo tempo em que diversos antecedentes começaram a ser analisados. Com isso, definiu-se como objetivo para a presente pesquisa analisar a influência que a identificação organizacional exerce sobre a exaustão emocional experimentada pelos indivíduos no trabalho. A justificativa para realização deste estudo embasa-se na escassez de pesquisas, tanto em âmbito nacional quanto internacional, que analisaram conjuntamente os dois construtos aqui abordados.
Foram abordados os seguintes tópicos no referencial teórico: Identificação do funcionário com a organização: Ainda que o indivíduo possua características e padrões comportamentais próprios e distintos, com o seu ingresso em determinada organização ele acaba confrontado pela cultura em vigor, já consolidada entre os membros mais antigos (Zanelli; Fernandes, 2006; Warrick e Mueller, 2014; Warrick, 2017); e Exaustão do trabalhador: a exaustão é representada como a dimensão central da síndrome de Burnout (MASLACH; LEITER, 2008), da qual é considerada o principal componente.
A pesquisa descritiva quantitativa e transversal, utilizou um questionário administrado, aplicado aos indivíduos que estavam empregados, no momento da coleta de dados, em organizações localizadas na Região dos Inconfidentes, mais especificamente, nas cidades de Mariana, Ouro Preto e Itabirito, Estado de Minas Gerais. A amostra da pesquisa foi composta por 331 trabalhadores. Para análise de dados, empregou-se a técnica estatística denominada Modelagem de Equações Estruturais (MEE), fazendo-se uso de duas abordagens: Análise Fatorial Confirmatória (AFC) e Análise de Caminhos.
Os resultados mostram que os indivíduos quando identificados com a organização com a qual mantêm um vínculo empregatício ao invés de se sentirem esgotados frustrados e estressados em decorrência de suas atividades laborais experimentam uma motivação intrínseca no trabalho e mantêm maior foco nos interesses estratégicos do negócio. Os indivíduos identificados com seu empregador também não se sentem fatigados ou estressados em decorrência de suas relações interpessoais no trabalho. Nota-se, que a identificação organizacional traz benefícios à organização o que leva a diminuição do stress laboral
A contribuição gerencial desta pesquisa reside no subsídio que fornece aos gestores, para que estes repensem algumas práticas organizacionais, de modo a prevenir e/ou mitigar o desgaste emocional de seus funcionários, cujos efeitos perniciosos alcançam não somente a saúde dos trabalhadores, mas também o desempenho do negócio. Complementarmente, contribui com a Ciência Administrativa ao auxiliar no preenchimento de uma lacuna teórica, favorecendo o avanço da compreensão dos diferentes antecedentes da exaustão que acomete os indivíduos em seu trabalho.
ABREU, K. L.; STOLL, I; RAMOS, L. S; BAUMGARDT, R. A; KRISTENSEN, C. H. (2002); ASHFORTH, B. E. Petty tyranny in organizations.Human Relations, v. 47, n. 7, p. 755-778, 1994; BABAKUS, E; CRAVENS, D. W; JONHSTON, M; MONCRIEF, W. C. The role of emotional exhaustion in sales force attitude and behavior relationships. Journal of the Academy of Marketing Science, v. 27, n. 1, p. 58-70, 1999; HARRIS, G; CAMERON, J. (2005); ZHANG, Y; GUO, Y; NEWMAN, A.(2017); ZANELLI, J. C; FERNANDES, K. R. (2006); XU, Q; ZHANG, G; CHAN, A. (2017); WU, C. (2009).